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11/12/2018 às 07:33, Atualizado em 10/12/2018 às 22:02

Hóspedes relatam susto e tristeza por perderem tudo em incêndio de hotel

Chamas destruíram terceiro andar do Hotel Nacional, mas não houve feridos.

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Incêndio destruiu todos os cômodos do último andar - Valdenir Rezende / Correio do Estado
Cinco pessoas estavam hospedadas no Hotel Nacional, que foi atingido por um incêndio de grandes proporções na tarde desta segunda-feira, em Campo Grande. As chamas se alastraram rapidamente, mas todos conseguiram deixar o prédio. Apesar disso, a correria foi grande após aviso para deixarem o hotel. Após o susto inicial, veio a tristeza e o lamento por conta dos objetos pessoais queimados e da incerteza do que aconteceria, já que todos vieram de fora e não tem parentes na Capital.

As chamas já foram controladas pelo Corpo de Bombeiros, que faz o trabalho de rescaldo no prédio. O terceiro andar foi totalmente destruído, mas a estrutura não foi compremetida e não será necessária interdição do hotel.

A cirurgiã-dentista Mirlane Mendes, 22 anos, mora em Boa Vista (RR) e estava hospedada no hotel desde a madrugada de hoje. Ela veio à Capital para fazer uma prova de residência em sua área e, após o exame, voltou ao hotel e dormia em seu quarto, no térreo, quando foi acordada pelo gerente, avisando sobre o incêndio.

“Eu estava sentindo um calor, mas achei que era o clima da cidade. O gerente bateu na porta e pediu para sair correndo porque estava pegando fogo”, disse.

Mirlane conseguiu ainda pegar as malas e alguns outros pertences antes de deixar o prédio. Apesar de não sofrer ferimentos, ela estava muito assustada com a situação, agravada pelo fato de estar em uma cidade desconhecida para ela e longe da família.

A cirurgiã ligou para a família para avisar sobre o incidente e aguardava uma posição da administração do hotel sobre uma alternativa para a hospedagem, já que ela precisa ficar em Campo Grande até sexta-feira (14), por conta das provas que ainda tem para realizar. “Foi tudo muito rápido, nunca vi isso na vida”, lamentou.

A aposentada Maria Aparecida Henrique Oliveira, 74 anos, mora em dos quartos do hotel há três anos e assistia televisão quando a luz acabou e, na sequência, foi informada sobre o fogo. Ela também informou que o gerente bateu na porta avisando para que evacuasse o prédio.

“Estou muito feliz porque não aconteceu nada de mais grave”, disse a aposentada, acrescentando que, mesmo após o caso, ela "não vai sair nem morta".

Segundo informações apuradas pelo Correio do Estado, os hóspedes serão encaminhados para o hotel Colonial, que é de propriedade de um amigo do dono do Nacional.

A pessoa que aluga o prédio foi ao local ao ser informada sobre o incidente e passou mal ao ver o incêndio. Ela foi socorrida pelos bombeiros e encaminhada para uma unidade de saúde.

O montador de móveis Maurício Santos de Castro, 30 anos, é de São Paulo e estava hospedado no hotel junto com outros dois colegas de trabalho. Durante a tarde, eles saíram para fazer um serviço e, quando retornaram, o prédio já estava pegando fogo.

"Fomos avisados que o hotel pegou fogo e todas as nossas coisas ficaram lá dentro", lamentou Castro. Ele disse ainda que ficou assustado ao ver o incêndio e que irá ver o que pode ser feito com relação aos bens materiais que acabaram queimados.

INCÊNDIO

Incêndio de grandes proporções atingiu o hotel, na rua Dom Aquino, e mobilizou diversas equipes do Corpo de Bombeiros, no bairro Amambai, próximo a antiga rodoviária.

Gerente do hotel, João de Araújo, 50 anos, disse que estava na recepção quando algumas pessoas que passavam pela rua o chamaram e avisaram que havia fogo e fumaça saindo do prédio. Imediatamente, ele ligou para os quartos e pediu para que os hóspedes desocupassem os cômodos, além

Preocupados, os hóspedes desceram correndo e conseguiram sair antes de as chamas se alastrarem.

Corpo de Bombeiros foi acionado e diversas viaturas foram ao local controlar as chamas, que se alastraram rapidamente. Houve dificuldade no combate ao fogo.

De acordo com o tenente Eduardo Trackz, foram usados cerca de 12 mil litros de água para apagar o fogo. Todos os cômodos do último andar foram destruídos.

Um operador de drone auxiliou os bombeiros, utilizando o equipamento para fazer um sobrevoo e verificar se ainda havia focos de incêndio no último andar do prédio. "Fizemos uma vistoria e foi constatado que não há mais chamas, apenas alguns resquícios de foco nos caibros do telhado, mas chamas em si não tem mais", disse o tenente.

O militar do Corpo de Bombeiros informou ainda que será feita uma vistoria em todo o prédio no término do rescaldo e uma avaliação da estrutura para saber se será necessário acionar a Defesa Civil ou entregar para o proprietário.

"As causas [do incêndio] não foram constatadas in loco e para levantar a causa só através da perícia", afirmou Tracz, acrescentando que a suspeita inicial é de curto circuito.

Conteúdo Correio do Estado

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