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16/03/2024 às 12:30, Atualizado em 15/03/2024 às 21:07

Sul-mato-grossenses passam por avaliação das sequelas deixadas pela COVID

Durante o mês de março, 750 sul-mato-grossenses serão entrevistados, com 500 em Dourados e Corumbá, e 250 na capital

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A OMS estima que cerca de 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-Covid. - Reprodução

O Ministério da Saúde iniciou a segunda fase do mapeamento 'Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil', focando na avaliação das sequelas deixadas pela doença. Durante o mês de março, 750 sul-mato-grossenses serão entrevistados, com 500 em Dourados e Corumbá, e 250 na capital, Campo Grande.

Em todo o Brasil, serão visitados 33.250 domicílios de pessoas que contraíram a Covid-19 em 133 municípios brasileiros.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel, contextualiza que a Epicovid 2.0 é parte integrante do monitoramento contínuo da Covid-19 realizado pelo Ministério da Saúde desde maio de 2023.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-Covid. Diante disso, é crucial obter dados específicos do Brasil para aprimorar os serviços de saúde, como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.

O epidemiologista Pedro Hallal, responsável pela coordenação do estudo, explica que a coleta de dados deve durar entre 15 e 20 dias. Ele enfatiza que o objetivo do Epicovid 2.0 é compreender o impacto contínuo da doença na vida das pessoas e famílias brasileiras, mesmo não estando mais sob uma pandemia grave como no passado.

Nesta etapa, a pesquisa se concentrará em entrevistar 250 pessoas em cada um dos municípios que participaram das quatro rodadas anteriores do estudo em 2020 e 2021.

As equipes de entrevistadores realizarão visitas domiciliares, abordando questões relacionadas à vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas persistentes e os efeitos da doença no cotidiano.

Os participantes serão selecionados aleatoriamente, com apenas uma pessoa por residência respondendo ao questionário. Diferentemente das fases anteriores, não haverá coleta de sangue ou testes de Covid nesta etapa.

Além do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), outras instituições como a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV) estão envolvidas no estudo.

Para garantir a transparência e segurança do processo, todas as entrevistas serão conduzidas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada após um processo de licitação.

Os entrevistadores estão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos contendo as marcas das instituições envolvidas.

As prefeituras das 133 cidades participantes foram informadas sobre o estudo e participaram de reuniões online para esclarecimentos.

O Epicovid 2.0 visa fornecer dados precisos sobre as sequelas da Covid-19, permitindo ao Ministério da Saúde direcionar políticas públicas adequadas para o tratamento e acompanhamento das condições pós-Covid, além de combater a desinformação relacionada à vacinação e aos sintomas persistentes da doença.

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