Buscar

11/04/2018 às 12:27, Atualizado em 11/04/2018 às 09:48

'Vamos à Justiça para mostrar a ilegalidade', diz governador de MS sobre greve na educação

Servidores do administrativo da rede estadual começaram a paralisação nesta terça-feira.

Cb image default
Servidores administrativos dizem que intenção é mostrar o caos nas escolas públicas (Foto: Jaqueline Naujorks/TV Morena)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que vai procurar a Justiça para acabar com a greve dos servidores administrativos da rede estadual de ensino que começou nesta terça-feira (10). A categoria não aceita o aumento de 3,04% aprovado na semana passada, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

“O que eu não posso é deixar atrapalhar os nossos alunos. Vamos à Justiça para mostrar a ilegalidade da greve porque não tem nada a ver uma categoria fazer greve que tiveram ganhos extraordinários. Quando demos o abono, os administrativos foram os que mais ganharam, chegou a 17%. Nós vamos discutir com a categoria, nós nunca estancamos o diálogo”, afirmou Azambuja.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Campo Grande Nildes Ovando afirmou, que além do reajuste salarial, outra questão defendida é a incorporação do abono. Os servidores se reuniram na frente da Governadoria nesta manhã.

“Queremos que o governo faça a incorporação do nosso abono de R$ 200, estamos há dois anos negociando e o governo insiste em protelar essa incorporação”, disse.

Mesmo com a paralisação dos administrativos, os alunos foram para escola. Muitos estão em semana de provas e com a presença dos professores não vão perder aula. Alguns ressaltam que a perda de aula atrasa o conteúdo e deve haver reposição ao final do ano letivo.

“Quando tem greve acaba tendo que repor o conteúdo”, afirmou a estudante Raíssa Sarah Silva, da Escola Estadual Joaquim Murtinho, em Campo Grande.

Enquanto isso, os diretores e professores estão se virando como podem para manter as escolas dentro da normalidade. Na Escola Maria Constância, que é de período integral, os alunos vão ficar até o meio-dia porque os funcionários responsáveis pela merenda aderiram à paralisação.

“A gente vai ver como vai ficar, mas a intenção é deixar assim pelo menos até as três da tarde”, afirmou a diretora-adjunta Inês Souza Lima.

Alguns pais receberam um bilhete sobre a greve, orientando que mandassem lanche e almoço para os filhos. Na Escola Estadual Arlindo de Andrade Gomes, os professores e coordenadores se uniram para manter uma estrutura mínima aos estudantes.

“Vai ser feito uma força-tarefa para tentar manter o ambiente dos alunos. As merendeiras que fazem as comidas, não vai ter, mas nós vamos servir bolacha para os nossos alunos, na esperança de que tudo isso se resolva e entrem num acordo e que os administrativos voltem porque eles são muito importantes para a escola”, disse a diretora-adjunta Matilde Araújo Lima.

Conteúdo G 1 MS

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.