Buscar

24/01/2019 às 16:05, Atualizado em 24/01/2019 às 16:08

Simone Tebet vai concorrer à presidência do Senado mesmo sem apoio da bancada

A senadora defendeu renovação no Congresso Nacional.

Cb image default
Foto - Reprodução Correio do Estado

Mesmo não sendo a candidata oficial do partido, a senadora Simone Tebet (MDB) declarou que não vai recuar no que diz respeito a disputa pela presidência do Senado Federal. “Não vou recuar em relação à minha candidatura porque entendo que é hora de o Senado ouvir as ruas”, disse a senadora.

Tebet terá seu correligionário que já presidiu o Senado por três vezes, Renan Calheiros (MDB), como rival. A senadora defendeu que as urnas deram recado claro ao MDB quando o resultado das eleições fizeram com que a representatividade do partido fosse reduzida consideravelmente no Congresso Nacional.

“Tínhamos 18 senadores, agora seremos 12, tivemos uma diminuição da bancada de deputados federais. Então, ou o MDB se renova, volta às suas origens, volta a ser um partido de programas, de ideias, sintonizado com a vontade da população, ou será um partido que vai acabar sucumbindo. É preciso dizer que o Mato Grosso do Sul tem uma pessoa que teve a coragem de dizer que é preciso mudar. Precisamos resgatar o MDB do Dr. Ulysses, de Pedro Simon e do meu pai, Ramez Tebet. É deste MDB que eu pertenço. Por essas razões coloquei meu nome à candidatura no Senado”, explicou.

INDEPENDENTE

Mesmo sem ter o apoio do partido, a senadora Simone Tebet não descarta o lançamento de sua candidatura avulsa, caso perca a indicação dentro da bancada. “Se for uma disputa acirrada na bancada e eu tiver o apoio de outros partidos, posso, sim, avaliar a minha candidatura avulsa. De qualquer forma, independentemente de ganhar ou não, estarei à frente de um movimento de renovação dentro do MDB. Eu só preciso de um microfone para lutar pelo Brasil”, reforçou ela.

A senadora ainda defendeu um Senado independente, moderado e equilibrado que tenha a capacidade de entender que as pessoas têm medo do desemprego, da falta de atendimento médico, da violência. Para Simone, o Senado deve estar aberto ao diálogo e à negociação com o Executivo em prol do País, priorizando, inicialmente, a pauta econômica e as medidas de combate à violência.

A senadora é líder do partido no Senado - Simone é a primeira mulher a liderar a maior bancada da Casa - e já anunciou não ter intenção de concorrer a liderança novamente, abrindo espaço ao senador Dário Berger (SC), que colocou seu nome à disposição para o cargo.

CONCORRENTE

O senador Renan Calheiros foi Presidente do Senado Federal do Brasil por três períodos: de 2005 até 2007, quando renunciou ao cargo, após denúncias de corrupção; de 2013 a 2015 e de 2015 a 2017. No âmbito político, foi absolvido em 2013, por votação de seus pares no Senado.

Reunião está marcada para a próxima terça-feira (29), quando os 12 senadores vão definir quem representará o MDB na disputa.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.