O presidente Michel Temer (PMDB) admitiu, em entrevista exclusiva ao jornalista Cláudio Humberto, âncora do programa Bastidores do Poder, da Rádio Bandeirantes, que, se depender da primeira-dama, Marcela Temer, ele não será candidato à reeleição em 2018.
Questionado pelo jornalista sobre a opinião de Marcela Temer a respeito de uma possível candidatura no próximo ano, o presidente sorriu e afirmou que a mulher quer “sossego e paz”. Temer afirmou, ainda, que, por conta dos cargos que ocupou em sua vida, sempre teve “uma vida regrada e fiscalizada”, o que “restringe muito” sua vida.
Entre outras revelações, Temer disse que a família sofreu muito com as acusações contra ele. O presidente afirmou também que foi vítima de uma “conspiração”, e que enfrentou uma “luta de natureza moral” após a divulgação da gravação feita pelo empresário Joesley Batista, em maio deste ano.
Mesmo no auge da crise após a delação da JBS, peemedebista afirmou que não pensou em renunciar. Seria uma admissão de culpa, segundo ele.
O presidente afirmou que, hoje, tem certeza que valeu a pena resistir, porque aqueles que o acusaram foram “desmascarados”. “Todos meus detratores ou estão presos ou estão desmoralizados", disse Temer.
Fim do voto obrigatório
Questionado sobre o fim do voto obrigatório, Temer confessou que foi contra a ideia há um tempo, mas que hoje considera que há maturidade suficiente no eleitorado brasileiro para isso.
“Hoje tenho impressão que há uma tal consciência participativa do eleitorado que, se o voto não for mais obrigatório, ele naturalmente vai às urnas escolher seus representantes”, disse o peemedebista, que admitiu uma “tendência a não obrigatoriedade do voto”.
O presidente afirmou, também, que não concorda com a ideia de extinguir a Justiça Eleitoral. Para ele, a medida sobrecarregaria a Justiça comum.
Temer também foi questionado sobre a possibilidade de fusão da Embraer com a americana Boeing. O governo brasileiro tem poder de veto em negociações como essa, mas o presidente disse que, por enquanto, não foi informado de qualquer tratativa e que, por isso, não iria se manifestar.
Eleições
O presidente admitiu ainda que vai se dedicar a viajar para inaugurar obras do governo em 2018. Questionado sobre o cenário eleitoral no próximo ano, Temer despistou e afirmou que qualquer afirmação feita agora seria prematura. Com informações do Portal da Band.
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