Buscar

24/12/2017 às 07:06, Atualizado em 23/12/2017 às 09:14

Se depender da primeira-dama, Temer não será candidato à reeleição em 2018

À Rádio Bandeirantes, presidente afirmou que sua família sofreu muito com as acusações contra ele em maio deste ano.

Cb image default
Temer acredita ter sido vítima de uma conspiração que pretendeu derrubá-lo (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)

O presidente Michel Temer (PMDB) admitiu, em entrevista exclusiva ao jornalista Cláudio Humberto, âncora do programa Bastidores do Poder, da Rádio Bandeirantes, que, se depender da primeira-dama, Marcela Temer, ele não será candidato à reeleição em 2018.

Questionado pelo jornalista sobre a opinião de Marcela Temer a respeito de uma possível candidatura no próximo ano, o presidente sorriu e afirmou que a mulher quer “sossego e paz”. Temer afirmou, ainda, que, por conta dos cargos que ocupou em sua vida, sempre teve “uma vida regrada e fiscalizada”, o que “restringe muito” sua vida.

Entre outras revelações, Temer disse que a família sofreu muito com as acusações contra ele. O presidente afirmou também que foi vítima de uma “conspiração”, e que enfrentou uma “luta de natureza moral” após a divulgação da gravação feita pelo empresário Joesley Batista, em maio deste ano.

Mesmo no auge da crise após a delação da JBS, peemedebista afirmou que não pensou em renunciar. Seria uma admissão de culpa, segundo ele.

O presidente afirmou que, hoje, tem certeza que valeu a pena resistir, porque aqueles que o acusaram foram “desmascarados”. “Todos meus detratores ou estão presos ou estão desmoralizados", disse Temer.

Fim do voto obrigatório

Questionado sobre o fim do voto obrigatório, Temer confessou que foi contra a ideia há um tempo, mas que hoje considera que há maturidade suficiente no eleitorado brasileiro para isso.

“Hoje tenho impressão que há uma tal consciência participativa do eleitorado que, se o voto não for mais obrigatório, ele naturalmente vai às urnas escolher seus representantes”, disse o peemedebista, que admitiu uma “tendência a não obrigatoriedade do voto”.

O presidente afirmou, também, que não concorda com a ideia de extinguir a Justiça Eleitoral. Para ele, a medida sobrecarregaria a Justiça comum.

Temer também foi questionado sobre a possibilidade de fusão da Embraer com a americana Boeing. O governo brasileiro tem poder de veto em negociações como essa, mas o presidente disse que, por enquanto, não foi informado de qualquer tratativa e que, por isso, não iria se manifestar.

Eleições

O presidente admitiu ainda que vai se dedicar a viajar para inaugurar obras do governo em 2018. Questionado sobre o cenário eleitoral no próximo ano, Temer despistou e afirmou que qualquer afirmação feita agora seria prematura. Com informações do Portal da Band.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.