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24/10/2018 às 08:02, Atualizado em 23/10/2018 às 19:11

PSDB consegue tirar do ar propaganda dizendo que Odilon não é investigado

Odilon é investigado pela PF devido a acusações feitas pelo primo.

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Foto - Arquivo Nova Noticias

Após usar o horário eleitoral gratuito falando que seu adversário, o governador que pleiteia à reeleição, Reinaldo Azambuja (PSDB) é um candidato investigado, a coligação do PSDB, Avançar com Responsabilidade conseguiu em caráter de liminar, no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS) retirar do ar a propaganda, veiculada em sete emissoras de rádio do Estado, a propaganda do candidato juiz Odilon de Oliveira (PDT).

A propaganda que foi ao ar no dia 21 de outubro, vincula o nome de Odilon com o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL). Um dos locutores da propaganda diz: “Bolsonaro não é investigado por corrupção. O Juiz também não. Já o Reinaldo....”.

Com isso, a coligação representou com pedido de direito de resposta e pedido de liminar, afirmando que as informações usadas no horário eleitoral do PDT são inverídicas, pois levam o eleitor a acreditar que não tem nenhuma investigação contra Juiz Odilon.

Segundo a decisão do juiz Juliano Tannus, na propagada, o candidato Odilon de Oliveira quis passar a mensagem de que ele não estaria sendo investigado, mas somente o candidato Reinaldo Azambuja. Porém, ainda conforme o relatório do juiz, a afirmação feita não condiz com os fatos, já que a Procuradoria Regional Eleitoral determinou à Polícia Federal no dia 5 de setembro deste ano, promovesse investigação formal acerca das acusações feitas por Jedeão de Oliveira, primo do juiz federal aposentado e ex-diretor de secretaria judiciária agora candidato Odilon.

Sendo assim, o juiz concedeu tutela de urgência para o PDT deixe de veicular na internet ou em qualquer outro meio de comunicação, inclusive as sete rádios, material igual ou semelhante até o julgamento final, sob pena de multa no valor de R$ 5.000,00, por dia de descumprimento.

PRIMO

Ex-braço direito e primo do juiz federal aposentado e candidato a administração de Mato Grosso do Sul, Odilon de Oliveira, Jedeão registrou em agosto, no cartório de 1º Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais, de Bauru (SP), declarações em que afirma que o magistrado, enquanto titular da 3ª Vara Federal de Campo Grande, realizou escutas ilegais, superfaturou relatórios de apreensões feitas pela Justiça e vendeu sentenças para amigos conhecidos.

Em suas acusações, Jedeão destaca que trabalhou durante 22 anos como diretor de Secretaria e chegou à função porque o magistrado era grato ao seu pai, tendo em vista que ele fez Odilon estudar, acompanhando sua trajetória até se formar em Direito, em Campo Grande. O primo de Odilon foi exonerado do cargo e está sendo acusado de desviar R$ 11 milhões da Justiça Federal. Ele se defende e afirma que as acusações contra ele não passam de armações do primo.

No dia 17 de setembro, o procurador da República, Marcos Nassar, determinou abertura de inquérito apurar se as declarações do ex-assessor e primo de Odilon, Jedeão de Oliveira, são verdadeiras. A investigação deve ser conduzida pela Delegacia de Combate à Corrupção e a Crimes Financeiros (Delecor).

Conteúdo - Correio do Estado

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