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01/08/2016 às 07:02, Atualizado em 01/08/2016 às 00:05

Protestos contra e a favor de Dilma aconteceram em ao menos 15 Estados

Nenhuma das manifestações neste domingo conseguiu reunir tantas pessoas quanto os protestos dos últimos anos

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Este protesto aconteceu durante o jogo do Flu x Ponte Preta

Jorge Rodrigues/ Eleven/ Estadão Conteúdo

A cinco dias da abertura oficial dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, as capitais brasileiras são palco neste domingo (31) de uma série de protestos a favor e contra o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT).

Os protestos organizados em ao menos 15 Estados, inclusive no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal, expõem internacionalmente a crise política brasileira e, assim como o surto de vírus da zika, geram preocupação no exterior.

Na orla da praia de Copacabana, dezenas de manifestantes se reuniram com cartazes em inglês para chamar a atenção da imprensa internacional que já está no Rio de Janeiro para os Jogos.

O movimento cobrava que a votação do impeachment ocorresse o mais rápido possível. De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento final do processo contra Dilma deve começar no dia 29 de agosto, quase uma semana após o encerramento dos Jogos Olímpicos.

Nenhuma das manifestações neste domingo conseguiu reunir tantas pessoas quanto os protestos dos últimos anos, quando centenas de milhares tomaram as ruas em protesto contra a corrupção e o governo.

Rio de Janeiro

O protesto em Copacabana, pelo impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, durou cerca de três horas e terminou por volta das 13h30 deste domingo.

O público se concentrou em um trecho de cerca de 500 metros da pista da Avenida Atlântica, junto ao calçadão, entre os postos 4 e 5. "Demos mais de 20 entrevistas para jornalistas da Nova Zelândia, Austrália, Holanda, China e Japão", disse Adriana Balthazar, do Vem Pra Rua.

Turistas ouvidos pela reportagem não sabiam do que tratava a manifestação. "Não sei o que está acontecendo. Vi poucas notícias sobre a situação política no Brasil antes de vir", disse o engenheiro francês Guillaum La Pesq, de 26 anos, que veio para os Jogos.

"Estou explicando a ele que estas são pessoas que apoiam uma manobra política que vai contra mudanças sociais no país", contou a historiadora Aline Martins, de 28 anos, amiga do francês.

Sob gritos de "fora Temer", um grupo protestava na tarde deste domingo na Candelária, centro do Rio. A principal reivindicação do ato, promovido pela Frente Brasil Popular, é a retomada do governo federal pela presidente afastada Dilma Rousseff.

Um destacamento da Polícia Militar (PM), que patrulha a região, estimou em 40 pessoas presentes.

O grupo respondia com gritos de "golpistas, fascistas, não passarão" a pedestres que passavam gritando "fora Dilma". "Os direitos sociais que a Dilma deu para o povo não podem ser perdidos pela sociedade. Queremos ver nossos 54 milhões de votos respeitados", disse Edda Castro, do Movimento Frente Brasil Popular.

Pela manhã, houve protesto contra Michel Temer durante o jogo entre Fluminense e Ponte Preta, pelo Campeonato Brasileiro, em Mesquita (RJ).

(Com informações o UOL).

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