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15/08/2018 às 15:30, Atualizado em 15/08/2018 às 15:42

Pedro Chaves desiste de candidatura e acusa PDT de aliança "espúria"

Senador disse que compromisso era que legenda tivesse candidato único, mas foi um lançado outro, do Podemos.

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O senador Pedro Chaves, que assumiu mandato em 2016, em substituição a Delcídio do Amaral. (Foto: Agência Senado)

O senador Pedro Chaves (PRB) renunciou à candidatura à reeleição, que já estava registrada no Tribunal Regional Eleitoral. Os rumores de que ele não disputaria povoavam os bastidores da política há vários dias, mas hoje a intenção se confirmou em uma carta enviada à direção do PRB.

No texto, Chaves afirma que quando seu partido topou compor a aliança encabeçada pelo PDT, do candidato ao governo Odilon de Oliveira, a “condição “sine-que-non” era ter candidato único para o Senado Federal. Porém, ainda nas palavras do senador, “infelizmente o PDT fez uma aliança espúria e silenciosa com o Podemos, lançando, sem meu conhecimento mais um candidato ao Senado”.

O candidato, que não é citado na carta, é o advogado Humberto Figueiró. Com ele na disputa, Chaves afirma que sua candidatura ficou invibializada.

Conforme o documento, foi dado prazo de 12 dias para o partido “resolver esta situação e cumprir a palavra empenhada”, o que não ocorreu. “Lamentavelmente até esta data todas as tentativas foram em vão”, cita o comunicado de renúncia.

Chaves prossegue dizendo que não quer atrapalhar os destinos da coligação. “Saio de cena” renunciando, em caráter irrevogável e irretratável a minha candidatura.

Empresário do ramo da educação, Pedro Chaves, à época no PSC, era suplente do ex-senador Delcídio do Amaral, e assumiu o cargo em maio de 2016. Em viagem ao Paraguai nesta quarta-feira, para a posse do presidente Mario Abdo Benítez, Pedro Chaves não atendeu as ligações da reportagem.

Troca de lado – Essa não é a primeira polêmica envolvendo o PRB nestas eleições. A legenda fazia parte do governo de Reinaldo Azambuja, “virou a casaca” durante as negociações para formação das chapas e decidiu apoiar a candidatura de Odilon de Oliveira.

Desde a semana passada, 8 pessoas ligadas à legenda foram exoneradas, entre elas o filho do presidente do partido, Wilton Acosta, Lucas Acosta, que ocupava cargo na Funtrab. O governo anunciou que vai fazer um levantamento na fundação, principalmente para saber a situação do Banco do Cidadão, instituição de microcrédito que está sem dinheiro para empréstimos a juros baixos.

O presidente do partido foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações nem respondeu as mensagens de WhatsApp.

A reportagem foi ao partido e ao escritório dele e a informação é que de ele se encontra em uma reunião, em local não informado.

Fonte - Campograndenews

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