Presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu cancelar uma entrevista coletiva que concederia a jornalistas no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, 40 minutos antes dela acontecer. Sem dar explicações, ele retornou ao hotel em vez de comparecer ao centro de imprensa, onde faria pronunciamento ao lado de Paulo Guedes, Sérgio Moro e Ernesto Araújo.
Até mesmo a equipe do Fórum foi pega de surpresa pela negativa, conforme apurado pela Folha de São Paulo. Assessor da Presidência, Thiago Pereira Gonçalves disse aos repórteres que o aguardavam que o cancelamento da entrevista oficial teria ocorrido devido à “abordagem antiprofissional da imprensa” internacional.
Pela manhã, o presidente comentou as recentes revelações sobre movimentações financeiras do filho, deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL). Ele afirmou que se ficasse comprovada alguma irregularidade nas finanças do herdeiro, lamentaria como pai, mas defenderia sua punição.
“Se por acaso ele [Flávio] errou e isso for provado, eu me arrependo como pai, mas ele terá que pagar o preço por essas ações, que não podemos aceitar”, limitou-se a dizer em entrevista a Bloomberg. Essa foi sua primeira manifestação pública depois que novos indícios de movimentações financeiras suspeitas e ligações de Flávio e sua equipe da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) com milicianos vieram à tona.
Enquanto suas declarações reverberavam na imprensa brasileira, Bolsonaro pai de reunia com o presidente da Suíça, Ueli Mauer, e com o premiê britânico Tony Blair, após almoço com investidores.
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