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04/03/2017 às 17:30, Atualizado em 04/03/2017 às 17:03

Marun quer que envolvidos na Lava Jato deixem comando nacional do PMDB

Senadores e ministro precisariam deixar diretoria da legenda.

Um documento está sendo elaborada por alguns deputados do PMDB, idealizado por Carlos Marun, solicitando que membros da Executiva Nacional da legenda, que estejam envolvidos na Operação Lava Jato, deixem o comando do partido. As eleições de 2018 potencializam o pedido.

“É uma questão polêmica, mas não se faz um omelete sem quebrar os ovos”, afirmou Marun, que espera adesão de colegas dirigentes do partido ao movimento que pode culminar com o afastamento de Romero Jucá (PMDB-RR) da presidência nacional da sigla.

Além de Jucá, que inclusive deixou o Ministério do Planejamento depois de ser flagrado em áudio sugerindo um pacto para deter os avanços da Lava Jato, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Moreira Franco (PMDB-SP), e até o atual presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB-CE), tesoureiro nacional do PMDB, deveriam deixar os cargos na legenda.

Marun explica que o documento, que deve ser entregue ao próprio Jucá em uma reunião da Executiva, também expressa apoio ao presidente Michel Temer (PMDB-SP) e defende candidatura própria nas eleições de 2018. “O partido ser comandados por pessoas que tem que se defender na Lava Jato prejudica o projeto”, afirma o deputado por Mato Grosso do Sul.

Apesar de atingir diretamente pessoas ligadas ao presidente da República, o deputado Carlos Marun destaca sua ‘lealdade’ ao presidente Temer, e revela que ficaria ‘constrangido’ se permanecesse calado diante da situação que envolve o comando de seu partido.

“Desde começo defendi publicamente que o Cunha (ex-deputado Eduardo Cunha) deixasse a presidência da Câmara, talvez se tivesse seguido meu conselho não tivesse sido cassado e não estaria preso. Espero que agora o partido siga meu conselho”, finalizou Marun.

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