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11/10/2018 às 06:42, Atualizado em 10/10/2018 às 16:44

Justiça bloqueia R$ 16 milhões de Giroto em mais uma ação

Inquérito demonstrou que Giroto e Rachel são donos de várias propriedades rurais, imóveis e veículos de luxo, além de praticarem “inexplicável movimentação financeira”.

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Divulgação

Em mais um processo derivado da Operação Lama Asfáltica, o juiz Marcel Henry Batista de Arruda determinou a indisponibilidade dos bens do ex-deputado federal e ex-secretário de Estado de Obras, Edson Giroto, e da mulher dele Rachel Giroto.

O bloqueio, até o limite de R$ 16.070.582,04, é resultado de pedido do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em ação de improbidade administrativa que acusa o alvo da força-tarefa de enriquecimento ilícito.

Segundo a acusação, inquérito civil instaurado para apurar a evolução patrimonial do casal demonstrou que Giroto e Rachel são donos de várias propriedades rurais, imóveis e veículos de luxo, além de praticarem “inexplicável movimentação financeira”.

A investigação revelou que os dois compraram entre 2007 e 2015 “nada menos que 28 imóveis”, alguns deles não declarados no IR (Imposto de Renda), subfaturados ou registrados nos nomes das filhas do ex-deputado.

O MPMS demonstrou ainda que no período investigado, Giroto teve depositados R$ 9.345.359,11 nas contas bancárias dele, mas nestes mesmos oito anos, a soma de seus salários como secretário e deputado.

A força-tarefa também identificou nas contas de Rachel depósitos que somam R$ 2.864.234,90, embora a mesma só tenha declarado ter renda entre os anos de 2013 e 2014.

Os R$ 16 milhões, conforme a decisão, correspondem a soma dos bens adquiridos pelo casal no período investigado.

O objetivo do bloqueio, conforme o juiz, é garantir que não haja dilapidação do patrimônio e futuro ressarcimento aos cofres públicos, se efetivamente ficar comprovado que tais bens foram adquiridos com recursos desviados dos cofres públicos.

Os advogados defenderam que nenhuma das operações financeiras questionada envolveu dinheiro público e que por isso, a ação nem deveria prosseguir.

O juiz negou e além de determinar o congelamento dos bens, tornou Giroto e Rachel réus.

Outros bloqueios – Não é a primeira vez que Giroto tem as contas bloqueadas. Decisão do juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, emk junho deste ano, por exemplo, bloqueia bens e contas do ex-secretário e outros 17 investigados na Lama Asfáltica no total de R$ 78 milhões.

Em março, também o juízo da 2ª Vara de Direitos Difusos mandou congelar, em duas ações diferentes, cerca de R$ 6,59 milhões do ex-secretário.

Prisão – Giroto está preso no Centro de Triagem Anízio Lima desde o dia 8 de maio. Esta última foi a quarta prisão por consequência da Lama Asfáltica, por consequência de reviravolta na Justiça.

Com informações do Campograndenews

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