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08/10/2018 às 11:01, Atualizado em 08/10/2018 às 00:15

Em MS, 117 urnas eletrônicas apresentaram problemas durante votação

Do total, 61 foram substituídas e o restante passou por ajustes.

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Divulgação

Em Mato Grosso do Sul, 117 urnas eletrônicas apresentaram algum tipo de problema, segundo o balanço final divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Estado após o fim das votações, que terminou às 17h, no horário local.

Conforme o TRE/MS, das 117 urnas, 61 precisaram ser substituídas, sendo 18 em Campo Grande. O restante, totalizando 56 urnas, passaram por ajustes e não precisaram ser trocadas.

O número é menor do que na eleição de 2016, quando 45 urnas foram trocadas e um total de 103 urnas apresentaram problemas. Apesar dos números, vários eleitores usaram o problema nas urnas para apontar fraudes nas eleições.

O eleitor Malcon Santos, 30 anos, disse que não confia nos resultados das urnas, pois recebeu várias denúncias de problemas nos aparelhos. “Aqui na minha seção eu fiquei sabendo que quando você terminava de votar para deputado depois não dava sequência no voto. Teve gente que me disse tentou votar no Bolsonaro e dava nulo. Não confio, não. Tanto que vou ficar aguardando para pegar o registro da urna”, disse.

A mesma opinião é de Alexandre Nogueira, 46 anos. Para ele, a urna deveria emitir um comprovante do voto, para que depois os eleitores pudessem se certificar. “Não tem mecanismo que confirme, que garanta que o voto que aparece na urna é o seu, de fato”, disse.

O TRE divulgou nota de esclarecimento desmentindo mensagem sobre a ausência de processamento de todos os votos na urna eletrônica. O recado circula em redes sociais e aplicativos de bate-papo. Segundo o órgão, a informação é falsa.

A mensagem espalhada trataria da escolha para presidente, como se a urna não estivesse processando o voto. O TRE-MS explicou que são utilizados diferentes modelos de urnas eletrônicas nas seções eleitorais de Mato Grosso do Sul, como os modelos 2006, 2008, 2009, 2010, 2013 e 2015.

A nota elucida que “a velocidade de processamento e posterior encerramento dos votos, após o eleitor apertar a tecla ‘confirma’, é diferente de acordo com o modelo da urna eletrônica”.

Ainda de acordo com o órgão, a intenção do esclarecimento é “combater as notícias falsas”, “reforçar a confiabilidade no sistema das urnas” e “despertar a atenção crítica dos eleitores”.

Em todo o Brasil, 1.285 apresentaram problemas. O processo para substituir urna estragada ou quebrada, pela urna de contingência, é feito no local da votação e a mídia da urna anterior é transferida, pelo técnico de urna para a de contingência, no momento da troca. Sendo assim, a urna substituta continua normalmente de onde parou a anterior.

De acordo com o TRE, apesar de não informar o tempo que se leva para fazer a transferência de mídia, essa troca é rápida e não interfere no processo eleitoral. As urnas com problemas são recolhidas e enviadas posteriormente para reparo, até porque as urnas, mesmo as com defeitos, devem ficar lacradas 60 dias depois do pleito.

URNAS

A urna é utilizada há 22 anos no Brasil e no último dia 19 ocorreu o abastecimento dos dados dos candidatos nos 7.972 aparelhos que serão utilizados em Mato Grosso do Sul.

Após o abastecimento, as urnas foram lacradas e os fiscais de seção não conseguirão ligar o equipamento que está programado para funcionar apenas às 7h do dia 7 de outubro.

Abastecimento é a última etapa antes da distribuição das urnas aos presidentes das 6.853 seções. As mídias foram inseridas com os dados dos candidatos e também dos eleitores. Em seguida as urnas serão distribuídas para o interior do Estado e na Capital também. Os aparelhos eletrônicos ficaram uma semana nas casas dos fiscais, aguardando o dia da eleição.

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