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11/08/2021 às 10:30, Atualizado em 11/08/2021 às 10:57

Deputados de vários partidos reafirmam confiança na urna eletrônica

A proposta rejeitada pela Câmara dos Deputados determinava a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor”

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Divulgação

Após o resultado da votação que arquivou a PEC do Voto Impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19), deputados de vários partidos reafirmaram a confiança na urna eletrônica.

A proposta rejeitada pela Câmara dos Deputados determinava a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor” independentemente do meio empregado para o registro dos votos.

O deputado Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE) afirmou que o Brasil tem o melhor modelo do mundo e não deveria ter politizado a questão. “Esse dia vai ficar marcado na história da Câmara como um dia muito ruim para o Parlamento. Enquanto o Brasil tem 15 milhões de desempregados, aumento da inflação e da taxa de juros, uma situação social dramática com pessoas passando fome, o Parlamento teve de perder tempo com um tema tão contraproducente”, criticou.

A líder do Psol, deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), acusou o presidente Jair Bolsonaro de espalhar notícias falsas sobre a urna eletrônica em uma “ânsia golpista”. “A verdade é que a urna eletrônica é auditável, que em 25 anos não houve uma suspeita de fraude em urna eletrônica e que nós todos fomos eleitos pela urna eletrônica”, afirmou.

O deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ) reassumiu o seu mandato na Câmara dos Deputados para reforçar o rol dos contrários ao voto impresso. Ele é secretário de Governo da prefeitura do Rio de Janeiro. “Hoje nós restabelecemos a verdade: temos um sistema de votação que é auditável, seguro e que permite a alternância de poder, sempre permitiu”, disse.

O deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA) afirmou que o resultado da votação demonstra a coragem da Câmara frente a ameaças. “Hoje nós mostramos que a democracia tem o seu valor. Demonstramos que nosso sistema eleitoral é muito sério e seguro.”

Voto impresso

Na avaliação do deputado Bira do Pindaré (PSB-MA), o voto impresso é uma “cortina de fumaça” lançada para ofuscar as denúncias feitas à CPI da Covid no Senado e outras falhas do governo federal. “Querem esconder a corrupção, esconder que a economia brasileira está derretendo, e esconder as maldades feitas no Congresso Nacional, como a aprovação da privatização dos Correios”, afirmou.

O líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), afirmou que a democracia venceu. “Derrotamos a narrativa do impasse, a narrativa do golpe, os que queriam que o País retrocedesse com o voto impresso, que tem uma história de fraudes nas eleições brasileiras”, declarou.

Para ele, o objetivo é criar no Brasil instabilidade semelhante à ocorrida nos Estados Unidos após a derrota de Donald Trump. “Para negar o resultado de eleições e a vontade popular como uma espécie de vacina, para levar o País ao impasse na eleição que ele vai perder”, disse Renildo Calheiros.

O deputado Henrique do Paraíso (Republicanos-SP) disse que votou favorável à PEC para que o voto impresso fosse uma segurança a mais. “Não conseguimos alcançar os 308 votos, mas é nítido que este Congresso demonstrou que a maioria votou 'sim'. O povo do bem, a família brasileira, esse povo guerreiro sempre vencerá ao final”, disse.

A PEC teve 229 votos favoráveis, 218 contrários e 1 abstenção. Como não atingiu o mínimo de 308 votos favoráveis, o texto será arquivado.

Fonte - Agência Câmara

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