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10/12/2018 às 17:30, Atualizado em 10/12/2018 às 15:18

Com gritos em plenário e vaias do povo, vereadores abandonam sessão

Sessão extraordinária foi encerrada sem votar mudança no Regimento Interno para permitir troca de vereadores presos na chapa que disputa presidência do Legislativo.

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Sessão da Câmara de Dourados nesta manhã foi mais uma vez marcada por tumulto (Foto:Filipe Prado/Divulgação)

Mais uma sessão extraordinária terminou em tumulto na Câmara de Vereadores de Dourados.

Convocada às pressas após a Justiça determinar votação em plenário para mudar o Regimento Interno e permitir substituição de nomes de uma das chapas inscritas para a eleição da Mesa Diretora, a sessão foi encerrada após nove vereadores deixarem o plenário.

Liderado pelos vereadores Alberto Alves dos Santos, o Bebeto (PDT) e Junior Rodrigues (PR), o grupo anunciou obstrução. Sem quórum para discutir a mudança no regimento, a presidente da Casa Daniela Hall (PSD) encerrou a sessão extraordinária. Manifestantes presentes na sessão vaiaram os vereadores quando eles deixavam o plenário.

Daniela explicou que a sessão seria apenas para discutir e votar a mudança no Regimento Interno e permitir a substituição do candidato a presidente da chapa “Legislativo Forte”, Pedro Pepa (DEM), e do candidato a segundo-secretário Pastor Cirilo Ramão (MDB), que estão presos.

Entretanto, a base aliada da prefeita Délia Razuk (PR) queria discutir a mudança no regimento e já fazer a eleição da mesa – manobra rechaçada por Daniela Hall.

Em protesto, deixaram o plenário Jânio Miguel (PR), Júnior Rodrigues, Bebeto, Cido Medeiros (DEM), Romualdo Ramin (PDT), Carlito do Gás (Patriota), Silas Zanata (PPS), Juarez de Oliveira (MDB) e Maurício Lemes (PSB).

Antes do encerramento, houve bate-boca de Daniela com Bebeto e Mauricio Lemes Soares (PSB), empossado ontem na vaga de Idenor Machado – também preso na Operação Cifra Negra.

Bebeto, que tenta ocupar o lugar de Pedro Pepa como candidato a presidente, chegou a se alterar e falar em voz alta que a presidente estava descumprindo o Regimento Interno ao não permitir interferência dos vereadores através do recurso “questão de ordem”.

O vereador Elias Ishy (PT) chamou de casuísmo a tentativa de mudar o Regimento Interno para permitir a substituição de nomes na chapa após o prazo legal – encerrado no dia 5 deste mês.

Segundo ele, a obstrução foi uma estratégia, já que o grupo rebelado sabe que são necessários dez votos para mudar o Regimento Interno.

Sem Pepa e Cirilo Ramão – Idenor pediu afastamento e já foi substituído por outro aliado de Delia – a tropa de choque da prefeita tem nove vereadores e a oposição, oito.

O “grupo dos nove” marcou para 13h30 uma entrevista coletiva para explicar o motivo da obstrução.

A Câmara ainda não informou se haverá nova sessão extraordinária para tentar mudar o Regimento Interno. A sessão para a eleição também não tem data definida.

Conteúdo - Campograndenews

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