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06/02/2019 às 08:00, Atualizado em 05/02/2019 às 18:02

Câmara abre processos para cassar quatro vereadores suspeitos de fraudes

Comissões foram definidas por sorteio na noite desta segunda-feira e integrantes da base aliada da prefeita ocupam 11 das 12 vagas.

Apontado como chefe de uma organização criminosa instalada no Legislativo municipal para fraudar processos de licitação e atualmente preso na penitenciária de segurança máxima, o vereador afastado Idenor Machado (PSDB) virou alvo de uma Comissão Processante que poderá pedir a cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar.

A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (4) em Dourados, durante a primeira sessão ordinária de 2019. Idenor presidiu a Câmara por seis anos, de 2011 a 2016.

Também foram instalados processos de cassação dos mandatos de outros três vereadores afastados após operações no ano passado – Pedro Pepa (DEM), Pastor Cirilo Ramão (MDB) e Denize Portolann (PR). Os pedidos foram apresentados pelo Movimento Dourados contra a Corrupção. A sessão terminou às 23h25.

Formadas por sorteio, as comissões serão dominadas por vereadores da base aliada da prefeita Délia Razuk (PR), da qual fazem parte os quatro vereadores alvos dos pedidos de cassação. Das 12 vagas, 11 ficaram com integrantes da tropa de choque da prefeita.

A denúncia contra Idenor será conduzida por três aliados dele no Legislativo – Janio Miguel (PR), Junior Rodrigues (PR) e Cido Medeiros (DEM). Jânio foi escolhido presidente, Junior relatou e Cido como membro.

Curiosamente, Jânio Miguel e Junior Rodrigues se ausentaram do plenário na hora que todos os pedido de abertura da Comissão Processante foram votados.

A denúncia foi aprovada por 15 votos a favor e as duas abstenções. Por entendimento da Mesa Diretora, os suplentes Toninho Cruz e Marinisa Mizoguchi (ambos do PSB) não votaram, por serem partes interessadas.

Demais vereadores – Também foi aprovada na sessão desta noite a abertura de pedido de cassação contra os vereadores afastados Pedro Pepa (DEM), Pastor Cirilo Ramão (MDB) e Denize Portolann (PR).

Assim como Idenor, Pepa e Cirilo foram presos na Operação Cifra Negra, em 5 de dezembro de 2018, mas os dois estão em liberdade.

Com informações do Campograndenews

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