Publicado em 08/03/2017 às 15:09, Atualizado em 08/03/2017 às 15:12

Azambuja diz que professores de MS não têm motivo para greve

Categoria definiu que fará paralisação a partir do dia 15.

Redação,
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Reprodução Correio do Estado

Um dia depois dos professores que atuam o Estado decidirem entrar em greve a partir do dia 15 deste mês, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) desqualificou o movimento nesta manhã, afirmando que não há motivo para paralisação em Mato Grosso do Sul.

Assembleia realizada na tarde de ontem definiu que a categoria fará paralisação por tempo indeterminado a partir da próxima quarta. Movimento nacional é em protesto contra reforma da Previdência, no entanto, entre os professores do Estado há pauta local sobre cumprimento do piso salarial nacional. Professores da prefeitura também farão greve.

Em agenda pública nesta quarta, Azambuja afirmou que não há motivo para paralisação no Estado. “Mato Grosso do Sul tem o melhor salário do país, longe dos outros estados. Entendo que é uma greve mais política”, afirmou o governador.

Ainda de acordo com Azambuja, não há legalidade na paralisação marcada pelos professores. “Nosso papel é mostrar que é uma greve ilegal. Seguindo o que o supremo decidiu, não tem por que da rede estadual de MS entrar em greve”.

PARALISAÇÃO

Conforme o presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul (Fetms), Roberto Botareli, no primeiro momento, greve é apenas com relação a reforma da previdência e não tem relação com piso salarial ou negociação com o Governo do Estado.

Reunião entre representantes da Fetems e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) está marcada para amanhã, para tratar sobre o piso salarial. “Vamos tentar o diálogo, porque o governo tem cumprido a parte dele”, disse Botareli, acrescentando que dependendo do que for discutido na reunião, greve pode ser ampliada.

Ainda segundo o presidente, serão usadas táticas surpresas durante a greve e ações serão divulgadas ao longo do movimento. No dia 24 de março, haverá reunião do comando nacional da greve em Brasília, onde serão definidos os próximos passos da ação. Em todo Estado, 25 mil professores são filiados a Fetems.

Greve geral contra a reforma da previdência foi convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e sindicatos de vários estados estão aderindo ao movimento.

Movimento pretende mostrar à população o teor da PEC 287/2016, a reforma da previdência, que segundo a CNTE, se aprovada, vai acabar com a aposentadoria no Brasil.

Plano aumenta a idade mínima para mulheres se aposentarem, elevando a 65 anos para todos, acaba com a aposentadoria especial para professores da educação básica e reduz o valor do benefício a que os profissionais segurados têm direito depois da aposentadoria.

Fonte - Correio do Estado