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22/01/2019 às 15:00, Atualizado em 22/01/2019 às 18:47

Vereador da Capital é acusado de estuprar menino de 13 anos

Crime ocorreu no dia 12 de novembro de 2017, conforme denunciado pela família do menino.

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Eduardo Romero durante sessão da Câmara de Campo Grande (Foto: CMCG/Divulgação)

O vereador de Campo Grande, Eduardo Romero (Rede), é suspeito de abusar de um menino de 13 anos. O crime teria ocorrido em novembro de 2017, conforme consta no boletim de ocorrência registrado pela família do garoto.

À polícia, a mãe da vítima relatou que notou que o filho estava com comportamento estranho e no dia 17 de novembro perguntou o que havia acontecido. O adolescente, então, relatou que no dia 12 de novembro foi até a casa do vereador acompanhado de um tio que trabalhava na reforma da casa do vereador.

No local, enquanto estava sozinho “passando fios” na laje da residência, o adolescente teria sido abordado por Eduardo e levado para um quarto. No cômodo, o vereador teria perguntado se poderia pegar no pênis do menino, mas teve o pedido negado.

Mesmo assim, o suspeito teria pegado a mão da vítima e colocado no próprio órgão. Ele também teria feito sexo oral no adolescente e obrigado o menino a fazer o mesmo. Ainda conforme o registro policial, o vereador teria convidado o menino para retornar à residência no período noturno.

Após o menino relatar o caso à família, os pais da vítima procuraram o vereador, que negou as acusações. Quinze minutos após deixar a casa onde houve a conversa, Eduardo teria mandado uma mensagem chamando a família da vítima para conversar novamente.

Os pais do adolescente foram até a casa de Eduardo, onde o vereador teria assumido o crime. Segundo a denúncia, ele disse que agiu sob efeito de drogas.

O caso foi registrado na Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) como estupro de vulnerável.

A investigação já foi concluída de acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, que era titular da Depca na época. Ele disse que não tinha detalhes sobre o que foi apurado.

Segundo apurou o Campo Grande News, a primeira audiência do caso será realizada no dia 5 de fevereiro na 7ª Vara Criminal de Competência Especial de Campo Grande.

Romero é um dos poucos citados na Operação Coffee Break - que investigou esquema de propina para vereadores no processo de cassação do ex-prefeito Alcides Bernal (PP) - reeleito. Ele é vereador desde 2012. Ele foi eleito pelo PT do B e em 2015 filiou-se à Rede Sustentabilidade e foi reeleito vereador em 2016.

Outro lado

O vereador de Campo Grande, Eduardo Romero (Rede), negou a acusação de estupro de um menino de 13 anos, denunciado pela família do adolescente há 1 ano. O caso teria ocorrido no dia 12 de novembro de 2017.

Até agora o vereador não aceitou conversar pessoalmente com a imprensa. Por meio de nota, Romero declarou que trata-se de uma acusação falsa e indevida, e que o trabalho na política o torna inimigo de muita gente.

"Trata-se de uma acusação totalmente falsa e indevida. Estar na política te transforma em inimigo de muita gente, e não medem esforços para prejudicar e tirar de cena", alega o vereador.

Sem entrar em detalhes sobre o caso, ele diz estar tranquilo "A Justiça está fazendo seu trabalho e em breve teremos as respostas. Confio na Justiça e em Deus, e tenho a consciência tranquila".

Mesmo assim, parece revoltado com a divulgação do caso. "Mas deixo o questionamento: como um processo sigiloso torna-se público gerando prejuízos incalculáveis, antes mesmo da decisão da própria Justiça? Absurdo.'', disse.

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