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14/03/2017 às 16:00, Atualizado em 14/03/2017 às 16:59

Suspeito de assassinar fundador da Mancha Verde é membro do PCC

Investigação aponta Marcelo Ventola, de 36 anos, como mandante do assassinato de Moacir Bianchi.

A investigação do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) apontou que Marcelo Ventola, de 36 anos, é o mandante do assassinato de Moacir Bianchi, fundador da Mancha Verde, atualmente chamada de Mancha Alviverde, a principal organizada do Palmeiras. Segundo reportagem da TV Bandeirantes, o suspeito de envolvimento no crime do último dia 2 é o quinto na hierarquia do poder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

De acordo com a Polícia, a motivação do assassinato seria a disputa pela composiçõa da nova diretoria organizada do Palmeira. O suposto atirador, que não está cadastrado como associado da Mancha, queria ser um dos diretores. Bianchi teria sido contra e dito que ele, como fundador, não iria permitir que Ventola assumisse o cargo.

Na noite do dia 1º de março foi realizada uma reunião na sede da torcida, em Perdizes, Zona Oeste, para discutir a questão. Segundo tesmunhas o encontro foi marcado por discussões e clima tenso.

De acordo com a polícia, após a reunião, a Bianchi seguiu para a Rua da Consolação, na região central, e parou em uma boate onde prestava serviço. Perto de meia-noite, Bianchi saiu com o carro e entrou na Avenida Presidente Wilson. Era o caminho de casa e foi ali que sofreu a emboscada.

Bianchi foi assassinado com 16 tiros em emboscada no bairro do Ipiranga, Zona Sul da capital paulista. A polícia chegou a ir ao local após receber um telefonema anônimo.

Ventola teve a prisão temporária decretada pela Justiça na última semana e está foragido. Há suspeitas de que ele esteja fora do País. O suspeito, segundo a TV Bandeirantes, tem envolvimento em crimes como assalto a bancos e a construção de túneis para roubar o dinheiro de agências. A polícia acredita que pelo menos quatro pessoas participaram da execução. Além de Ventola, outro suspeito também teve a prisão temporária decretada.

De acordo com a emissora, o possível mandante do crime tem vínculo com a diretoria da uniformizada. Membros da cúpula da torcida organizada prestaram depoimentos nas últimas semanas na sede do DHPP, como o presidente da agremiação, Anderson Nigro, o Nando.

Conteúdo - Estadão

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