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28/12/2025 às 07:34, Atualizado em 27/12/2025 às 21:59

Justiça suspende decisão que anulou afastamento de Cezário do futebol

Medida paralisa efeitos de anulação da assembleia e mantém Petrallás como presidente da FFMS

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Foto - Reprodução Campo Grande News

A juíza Cíntia Xavier Letteriello suspendeu os efeitos da decisão que havia anulado a assembleia que afastou Francisco Cezário da presidência da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul). Com isso, Estevão Petrallás segue no comando da entidade.

Na decisão, a magistrada afirma que a medida evita mudanças no comando da federação antes da análise final do caso. Segundo o texto, alterar a gestão agora poderia causar instabilidade administrativa. Por isso, a juíza decidiu manter a situação atual.

Com a suspensão, a anulação da assembleia de outubro de 2024 deixa de produzir efeitos por enquanto. Na prática, nada muda no dia a dia da federação. Cezário continua afastado do cargo e não pode reassumir a presidência.

A assembleia havia retirado Cezário do comando após denúncias de irregularidades na gestão da FFMS. Em novembro, a Justiça anulou a reunião ao apontar falhas no procedimento adotado pelos clubes. A decisão não avaliou as acusações contra o ex-presidente.

Mesmo naquela ocasião, a Justiça deixou claro que a anulação não devolvia automaticamente o cargo. O afastamento de Cezário também ocorre por decisão da área criminal. Ele segue impedido de atuar como dirigente.

Cezário foi preso em abril de 2024 durante a Operação Cartão Vermelho, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). A investigação apura o desvio de cerca de R$ 10 milhões da federação. Durante as buscas, agentes encontraram R$ 800 mil em espécie na casa do ex-dirigente.

Após a prisão, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nomeou Estevão Petrallás como interventor da FFMS. Em abril de 2025, ele foi eleito presidente para cumprir mandato até 2027. A entidade nacional reconhece a atual gestão e mantém apoio ao comando.

A defesa de Cezário informou que não vai recorrer da decisão que suspendeu os efeitos da anulação. Segundo o advogado Fábio Azato, qualquer tentativa de retorno fica impedida até o julgamento final do processo. O caso agora aguarda análise do Tribunal.

Com informações do Campo Grande News

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