O grupo preso na tarde de quarta-feira (5/12) dentro da Operação Cifra Negra foi encaminhado há pouco para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).
Os vereadores Pedro Pepa (DEM), Cirilo Ramão (MDB) e Idenor Machado (PSDB), além do ex-vereador Dirceu Longhi (PT) e o ex-servidor da Casa, Amilton Salina, saíram em duas viaturas da Polícia Civil.
Os veículos foram estacionados em uma entrada alternativa do 1º Distrito Policial para que os cinco embarcassem.
Todos passaram a noite na delegacia após prestarem depoimento ao promotor Ricardo Rotunno, da 16ª Promotoria de Justiça de Dourados.
Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Luiz Alberto de Moura Filho. Eles são suspeitos de participação num esquema de corrupção na Câmara de Dourados que, segundo o MPE, ocorria há oito anos.
Nesse período, os três vereadores e Dirceu acabaram se revezando em diversas funções na Mesa Diretora da Casa. Idenor Machado, por exemplo, comandou o legislativo douradense por seis anos.
Investigações
Conforme o Ministério Público, em diversos processos licitatórios realizados nos anos anteriores dentro da Casa, empresas consideradas como ‘cartas marcadas’ se apresentavam e atuavam em conluio.
Algumas delas, conforme o MPE, existiam apenas no papel para simular uma concorrência legal.
“Sem a devida concorrência, os valores dos contratos oriundos destes processos se faziam exorbitantes”, diz trecho da nota.
Propinas
Ainda de acordo com o Ministério Público Estadual, para garantir o esquema, essas empresas repassavam na época, valores aos vereadores a título de propina.
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