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06/04/2019 às 13:34, Atualizado em 06/04/2019 às 11:03

Polícia identifica suspeitos de terem torturado detento até a morte em terreno

Polícia identifica dupla que matou detento encontrado com braços amarrados e amordaçado.

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Julio Cesar está preso na penitenciária de Naviraí. (Foto: Tá Na Mídia Naviraí)

A Polícia Civil cumpriu nesta sexta-feira (05) na Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí, um mandado de prisão resultado da 3ª fase da Operação “Osíris” que investiga a atuação de uma célula do PCC (Primeiro Comando da Capital) responsável pelas execuções de rivais da facção nos Tribunais do Crime, em Naviraí.

Julio Cesar dos Santos Rosa, de 32 anos, conhecido como “mata rindo” é quem teria sequestrado e torturado até a morte o detento Rafael Cicero dos Santos, 28, encontrado morto com os braços amarrados, amordaçado e com corte profundo no pescoço, em um terreno baldio da cidade, em abril do ano passado. Rafael estava em liberdade provisória.

Conforme o site Tá Na Mídia Naviraí o mandado de prisão contra Julio Cesar foi cumprido esta manhã na penitenciária da cidade, onde ele já responde pena por tráfico de drogas, entre outros crimes como latrocínio e roubos.

Além de Julio Cesar, outro integrante da facção que também está preso em decorrência da primeira fase da Operação Osíris, será indiciado pela autoria da execução, pois também teria participado da sessão de tortura de Rafael.

Operação – Na primeira fase da operação em 6 de março, três suspeitos foram presos após uma vítima que era mantida em cárcere privado, conseguir escapar do cativeiro. Um quarto integrante encontra-se foragido.

Já na última segunda-feira (01) uma vítima foi livrada do Tribunal do Crime enquanto era torturada por nove pessoas que também foram presas. Os trabalhos são chefiados pelos investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Naviraí.

Tribunal do Crime - De acordo com as investigações, no julgamento eles decidem o destino das vítimas, que pode resultar em morte como punição. Os julgados, geralmente também são pessoas ligadas ao crime, que são sequestradas e torturadas antes da “sentença condenatória”.

A operação deflagrada tem o nome de Osíris por referência ao deus da mitologia egípcia a quem seria atribuído o trabalho de julgar os mortos, da mesma forma que a facção age, julgando seus rivais e condenando-os à morte. Até o final da tarde de sexta-feira haviam sido presos 10 pessoas adultas e apreendidos 03 adolescentes.

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