A polícia paraguaia revelou nesta segunda-feira (18) que 15 pessoas, sendo uma delas uma mulher, já foram presas desde o último dia 7 acusados de participarem e organizarem planos de resgate de integrantes do Primeiro Comando da Capital, facção criminosa que controla o tráfico de armas e drogas na fronteira com Mato Grosso do Sul, presos na penitenciária de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha a Ponta Porã.
Telefonemas grampeados de lideranças da quadrilha apontam que as ordens para a ação vieram do Presídio Federal de Brasília (DF), onde está detido Sérgio Arruda Quintiliano Neto, 33 anos, conhecido como 'Minotauro', principal chefe do PCC na região.
A penitenciária de responsabilidade da Polícia Federal é onde se supõe que esteja agora também Marcos Willians Herbas Camacho, 51, o 'Marcola', maior líder da facção e transferido pelo Governo de São Paulo do Presídio de Segurança Máxima Estadual de Presidente Venceslau para uma unidade federal com o mesmo status no último dia 13. O local exato, entretanto, é mantido em sigilo pela gestão Jair Bolsonaro (PSL).
O Correio do Estado revelou em 31 de janeiro que a cúpula da segurança pública de São Paulo, onde nasceu o PCC, temia justamente que retaliações, como ataques e tentativas de resgate de Marcola, viessem de integrantes do PCC sediados no Paraguai.
Dados do ministério público paraguaio obtidos pela reportagem mostram que 11 operações já foram organizadas para desmantelar o agrupamento da quadrilha na cidade fronteiriça. Alguns dos planos descobertos envolviam até sequestro de aviões de carreira no país vizinho e explosões de bases das forças armadas locais para aquisição de armas de grosso calibre.
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