Buscar

26/04/2017 às 14:09, Atualizado em 26/04/2017 às 18:06

Palermo e mais 24 são indiciados por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Quadrilha importava cocaína de avião da Bolívia.

A Polícia Federal indiciou por tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro Gerson Pallermo e mais 24 envolvidos com a quadrilha que importava cocaína de avião da Bolívia, desmontada durante a Operação All In, realizada em Campo Grande e interior do estado no dia 28 de março. O inquérito, encerrado na última segunda-feira (24), foi encaminhado à justiça.

O esquema, liderado por Palermo, permitiu ao grupo acumular riquezas na ordem de R$ 7,5 milhões lavados por meio da compra de imóveis, veículos e aeronaves, boa parte registrada em nomes de viciados da cracolândia e doentes terminais usados como laranjas, alguns sem consentimento. De acordo com a comunicação da PF, os crimes pelos quais os indiciados respondem têm penas que variam de 1 a 18 anos de reclusão e multa.

Grande parte do material apreendido durante as buscas e apreensões cumpridas já foi periciado e analisado pelos policiais federais e o restante ainda pendente será encaminhado posteriormente ao Poder Judiciário. Pallermo, o principal acusado, permanece recluso no presídio de Segurança Máxima da Capital. O juiz Odilon Oliveira, titular da 3ª Vara da Justiça Federal em Campo Grande, autorizou a alienação imediata dos sequestrados.

Veículos de luxo como carros, camionetes e motos esportivas, bem como aeronaves, caminhões, imóveis e até mesmo um aeródromo são preparados para leilão. Além de causar prejuízo econômico ao crime organizado, impossibilitando a reincidência, a decisão judicial tem por objetivo evitar a desvalorização e garantir a manutenção das posses.

Operação

A operação All In foi deflagrada em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Goiás. Estão os presos estiveram Gérson Palermo, Osvaldo Inácio Barbosa Júnior, João Leandro Siqueira, Ézio Guimarães dos Santos, Jurandir Novais, Célio Barbosa da Fonseca, Lucas Donizetti Bueno de Carmago, Silvana Melo Sanches, Sebastião Nunes Siqueira, Milton Motta Júnior, Keli Cristina de Souza, Hugo Leandro Tognini, Eduardo Peres da Silva, Antônio Feitosa Neto, Danilo Peres Rodrigues e Celso Luiz Lopes.

Keli, esposa de Osvaldo, e Silvana, mulher de Gérson, foram liberadas em audiência de custódia. Os demais ficam recolhidos em seus respectivos estados de origem à disposição da justiça. O grupo acumulou bens na casa dos R$ 7,5 milhões por meio do tráfico internacional de drogas operado a partir de Campo Grande. A Bolívia era o principal fornecedor. Por isso, eles chegaram a negociar a compra de uma fazenda com pista de pouso na fronteira, a fim de facilitar a entrada de cocaína no Brasil. Uma vez em território sul-mato-grossense, a carga seguia país adentro.

Fonte - Correio do Estado

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.