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28/03/2018 às 08:30, Atualizado em 27/03/2018 às 21:36

Operação que investiga cartel do gás prendeu oito preventivamente

Um empresário do ramo foi preso em Nova Andradina.

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Operação realizada em Nova Andradina.Foto: Marcos Donzeli

Oito prisões preventivas, 15 mandados de busca e sete estabelecimentos investigados. Esse é o balanço da Operação Laissez-Faire divulgada pelo MPE.

As informações foram dadas em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (27), na sede do MPE (Ministério Público Estadual), em Dourados.

A ação desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) apura evidências de cartelização de preços de gás de cozinha em Dourados e Nova Andradina.

De acordo com promotor Eteócles Brito Mendonça Dias Júnior, as investigações começaram quando um comerciante se sentiu coagido e levou a situação ao Ministério Público. No entanto, ele cita que as evidências ocorrem há anos.

Entre os presos esta um empresário de Nova Andradina.

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Entrevista coletiva em Dourados.Foto: Gizele Almeida (Dourados News).

“Ocorreu a denúncia por parte desse comerciante, mas foi uma situação que foi maturada ao longo dos anos, depois disso tiveram outras ocorrências, como boletins de ocorrência por crimes de ameaça, tivemos outras situações que acabaram em seara penal, em razão disso aumentou a desconfiança que haveria realmente uma articulação de empresários no ramo na cidade e foram tomadas providências”, disse.

As investigações apontam para organização criminosa com sistema eficiente de cartelização de preços consolidado e divisão de mercado por áreas com foco principalmente em Dourados e Nova Andradina e demais cidades da região.

Cláudia Almirão, promotora chefe do Gaeco em Dourados afirmou que os indícios apontam que os envolvidos visavam que o valor do GLP alcançasse R$ 90 em alguns dias.

“A possibilidade é de envolvimento de vários grupos. A fixação artificial dos preços visa elevar os valores para que haja ganho maior dos comerciantes em prejuízo dos consumidores”, pontua.

Existem ainda investigações de possível fornecimento de gás de cozinha por parte de revendedores legalizados para revendedores clandestinos.

Etéocles cita que um procedimento criminal foi instaurado em conjunto com as promotorias do consumidor e do patrimônio público e Gaeco com foco na “provocação do conselho administrativo de defesa econômica, órgão do Ministério da Justiça ligado a Defesa da Concorrência em Brasília que certamente abrirá um procedimento administrativo para punição das condutas desvendadas”.

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Operação em Nova Andradina.Foto: Marcos Donzeli

Os promotores explicaram que os próximos trâmites da operação são: conclusão das oitivas,análise de toda a prova documental colhida (busca e apreensão inclusive em outras cidades) encaminhamentos ao Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência para que seja aberto um inquérito administrativo no âmbito do tribunal administrativo para apurar conduta anti concorrencial uma vez que a lei prevê serias sanções para esse tipo de conduta.

Cláudia Almirão finalizou ao citar que “até o momento o balanço é positivo especialmente para o consumidor que vê seu direito atendido. A livre concorrência leva os preços a um patamar mais justo”.

Com informações do DouradosNews.

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