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02/03/2019 às 15:00, Atualizado em 02/03/2019 às 10:53

Mulheres são vítimas de pastor evangélico e motorista escolar

De acordo com relatos da vítima à polícia, o homem teria perguntado se ela estaria sentindo algum tipo de dor.

A Polícia Civil registrou entre o final de janeiro e durante o mês de fevereiro, dois casos de importunação sexual de mulheres em Amambai, cidade localizada na regiçao de fronteira com o Paraguai.

Em um dos casos o acusado é um pastor evangélico de 27 anos e no outro um motorista de ônibus escolar que faz o transporte de universitários.

Primeiro caso

No primeiro caso registrado no dia 30 de janeiro, uma mulher de 41 anos se deslocava de casa para o trabalho no início da manhã quando, ao passar na frente de uma igreja, foi abordada pelo acusado, que se dizia ser pastor evangélico.

De acordo com relatos da vítima à polícia, o homem teria perguntado se ela estaria sentindo algum tipo de dor, que ele iria realizar uma “oração milagrosa” e ela seria curada de imediato.

Como a mulher, que diz ser católica, de fato estaria sentindo uma dor, ela se sujeitou a entrar na igreja com o pastor.

Ao indicar o local que estava doendo, o homem mandou que ela levantasse a blusa, foi quando repentinamente a mão do pastor teria se encostado na vítima e introduzido um dos dedos no órgão genital da mulher.

Assustada com a situação a mulher teria saído correndo da igreja, porém o homem foi atrás dela dizendo que “não era para ela contar nada para ninguém”.

Constrangida com a situação sofrida e com o objetivo de impedir que o acusado fizesse outras vítimas, posteriormente a mulher procurado a polícia para registrar a ocorrência.

Ao ser procurada pela reportagem do site A Gazeta News, a delegada que atuou nas investigações do caso, Larissa Serpa, informou que ao ser intimado o pastor compareceu na Delegacia de Polícia Civil em Amambai, confessou ter introduzido o dedo na vagina da mulher e disse o fato teria ocorrido em um momento de fraqueza dele, já que teria sentido atração sexual pela vítima.

Segundo a delegada, ela chegou a representar pela prisão preventiva do pastor, que teria chegado a cidade há pouco mais de um mês, vindo da região norte do Brasil, segundo ele designado pela sua igreja para instalar a congregação em Amambai, mas a justiça negou o pedido de prisão.

De acordo com a Polícia Civil, diante das evidencias encontradas, inclusive com a confissão do autor, o pastor foi indiciado pelo crime de “violação sexual mediante fraude” e o inquérito foi relatado e encaminhado ao Ministério Público para serem adotadas as providências cabíveis.

Segundo caso

O segundo caso de suposto importuno sexual contra a mulher foi registrado no início dessa semana e envolveu uma universitária indígena de 18 anos e um motorista de ônibus que atua no transporte escolar, em Amambai.

Segundo relatou a vítima à polícia, o fato aconteceu após ela embarcar no ônibus escolar após o término da aula para retornar para casa na noite da última segunda-feira, dia 25 de fevereiro.

De acordo com relatos da vítima à polícia, como é uma das últimas da linha a desembarcar do ônibus, ela estava só com o motorista quando o homem teria perguntado se ela tinha namorado e em ato contínuo, teria passado a mão nas coxas da universitária.

A jovem constrangida com a situação resolveu procurar a Polícia Civil e registrar a ocorrência. Na ocasião a mulher não soube informar o nome do motorista, porém passou as características do acusado às autoridades.

O delegado titular de Polícia Civil em Amambai, Pedro Ramalho, que atua no caso, disse que a Polícia Civil já tem a identificação do suspeito e deverá intimar o motorista nos próximos dias para tomar sua versão dos fatos, só então a autoridade policial vai decidir que medidas serão adotadas em relação a questão.

Segundo o delegado, ao ser procurada a Prefeitura de Amambai, entidade a qual o suspeito é funcionário, teria informado que o motorista seria substituído daquela linha de transporte escolar até que o caso seja esclarecido.

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