A Polícia Federal transferiu na tarde deste sábado (20) para o Presídio Federal de Campo Grande (MS) chefes do esquema de fraudes na mineração que foram presos na Operação Rejeito, deflagrada na última quarta-feira (17) em Minas Gerais.
A investigação do caso desvendou uma organização criminosa que atuava na liberação de licenças ambientais fraudulentas para exploração mineral. O esquema envolvia pagamentos de propina com participação de empresas de fachada e "laranjas", servidores públicos e empresários. O diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mario Seabra, estava entre os presos, segundo o Portal g1.
Segundo a PF, foram transferidos para o presídio de segurança máxima da capital sul-mato-grossense três dos chefes do esquema:
De acordo com autoridades, esta é a primeira vez na história que a Justiça autoriza a transferência de presos ligados a crimes ambientais para um presídio federal de segurança máxima.
O esquema revelado pela Operação Rejeito movimentou cifras bilionárias. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1,5 bilhão ligado aos envolvidos nas fraudes. A investigação atingiu diretamente o alto escalão do governo Romeu Zema (Novo).
Pelo menos quatro dirigentes de órgãos ambientais e de patrimônio estaduais foram exonerados ou afastados dos cargos após serem citados nas investigações.
Na quinta-feira (18), Romeu Zema disse que a Controladoria Geral do Estado (CGE) já suspeitava da organização criminosa e que espera uma "punição exemplar" aos envolvidos.
"Estamos dando todo apoio às investigações. Já havia suspeita por parte da Controladoria Geral do Estado, que já estava fazendo diversas averiguações. E eu espero que haja uma punição exemplar para aqueles que realmente estejam envolvidos em qualquer ato ilegal", afirmou.
Em nota, o governo de Minas afirmou que "não compactua com desvios de conduta de servidores" e que está tomando todas as medidas administrativas cabíveis, incluindo a exoneração e afastamento dos envolvidos.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.