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07/08/2018 às 17:00, Atualizado em 07/08/2018 às 18:24

Atirador que matou músico apresenta álibi e diz que retornou armado em tabacaria ao ser expulso por seguranças

Depoimento é contraditório e ainda aponta que o jovem contou com a ajuda de outras pessoas, tanto para obter a arma como a fuga.

A polícia, ao ouvir as versões apresentadas pelo suspeito de 24 anos, que atirou 5 vezes em uma tabacaria e matou um músico em Três Lagoas, diz que ele apresentou um álibi e afirmou ter sido expulso por seguranças do local.

Segundo o delegado Messias Pires, responsável pelas investigações, o depoimento é contraditório e ainda aponta que o jovem contou com a ajuda de outras pessoas, tanto para obter a arma como a fuga.

"Houve muita mentira. Ele disse que já chegou armado no local e aí ingeriu bebida alcoólica, o que não poderia pelo fato de estar tomando remédio. Houve então uma confusão e ele comentou ter sido retirado à força por seguranças, sendo um engano. Lá fora, acompanhado de dois amigos que são irmãos, ele comenta que ficou remoendo aquilo e, após meia hora, retornou ao local para tirar satisfação, sendo novamente repelido e então atirou cinco vezes contra a porta do estabelecimento", explicou o delegado.

Conforme testemunhas, o jovem, que é dono de uma bicicletaria, saiu do local e retornou armado, cerca de 40 minutos após a confusão. "Ele contou com o apoio de um dos irmãos, que emprestou a arma e o deu fuga, logo após os tiros. Em depoimento, o outro irmão inclusive confessou que a arma é dele. Ao final, logo após os tiros, o comparsa deu a fuga e se esconderam na casa do tio dos irmãos", ressaltou Messias.

Outra versão que não convenceu a investigação é o fato do atirador ressaltar que jogou o revólver de calibre 38 pela janela do carro. "O tio, assim que eles chegaram na casa, soube que uma pessoa tinha morrido na confusão e viu a arma com eles. Ele e outro irmão inclusive podem responder por favorecimento real. Já o suspeito e o irmão de 28 anos, que emprestou a arma, vão responder por homicídio qualificado por motivo fútil e que impossibilitou defesa", falou o delegado.

O jovem de 24 anos possuía antecedentes, quando menor de 18 anos e também por dirigir embriagado. Já o outro suspeito tinha passagens por violência doméstica. A pena para o homicídio qualificado pode chegar a 20 anos de reclusão.

Confissão

Na tarde dessa segunda-feira (6), o jovem se apresentou na delegacia do município, acompanhado de uma advogada. Ele confessou a morte do músico de 27 anos, além de outras duas pessoas feridas na tabacaria. Quatro pessoas prestaram depoimento e foram liberadas.

Entenda o caso

O músico Jorge Edson, conhecido como Pele Negra, foi atingido e morreu antes de chegar ao hospital. Os outros feridos, um segurança e um garçom foram socorridos e levados para o hospital. Umas das vítimas recebeu alta e a outra, segue internada em estado grave.

Fonte - G1 MS

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