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11/09/2021 às 08:00, Atualizado em 10/09/2021 às 19:46

Apontado como líder de facção na fronteira é condenado a mais de 30 anos de prisão

Após denúncia do MPF (Ministério Público Federal) em Ponta Porã, a Justiça Federal condenou Weslley Neres dos Santos, conhecido como “Bebê”, a 33 anos e 4 meses de prisão por integrar e comandar organização criminosa internacional, além de tráfico internacional de drogas.

Segundo o MPF, Weslley assumiu o comando da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) na região de fronteira entre Mato Grosso do Sul e Pedro Juan Caballero, no Paraguai, após a prisão de Giovanni Barbosa da Silva, o “Bonitão”, em janeiro de 2021.

Ainda conforme a acusação, ele passou a ser formalmente investigado pela Polícia Federal em outubro de 2020, quando foi abordado conduzindo uma camionete relacionada a Giovanni, foragido à época. No veículo, foi encontrado o passaporte de uma das namoradas do rapaz, além de constar um telefone pareado no sistema multimídia do carro.

Foi encontrada, ainda, uma significativa quantia em dinheiro.

Outro fato que somou à comprovação da participação de Weslley na facção foram as interceptações telefônicas realizadas nos celulares de Giovanni. Havia uma série de conversas travadas entre os dois relacionando atividades relativas ao tráfico de drogas e à rotina da facção criminosa, inclusive com o envio de fotos e selfies por parte do rapaz condenado.

Weslley foi preso em março de 2021, em Pedro Juan Caballero, junto com outras pessoas ligadas ao PCC, de posse de fuzis, munições de alto calibre e colete balístico, além de diversos veículos e aparelhos celulares.

No momento da prisão, eles faziam uma reunião virtual com um membro da facção criminosa na Bolívia, tratando dos detalhes de uma ação criminosa de grande vulto. Desde então, Weslley se encontra detido na penitenciária federal de Porto Velho (RO).

Operação Exílio – A Operação Exílio foi deflagrada em 25 de junho de 2020 com o intuito de identificar agentes vinculados ao PCC atuantes na região de fronteira. Dela, resultou o inquérito que investigou Giovanni e, posteriormente, a inicial relação de subordinação entre Weslley e Giovanni e a posterior “promoção” de Weslley ao posto de comando da facção.

“Em outras palavras, Weslley teria sido elevado à liderança da organização criminosa em decorrência das diligências tomadas a cabo em razão da Operação Exílio – ou ‘empossado’ na função de chefia”, esclarece a sentença.

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