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17/05/2022 às 15:01, Atualizado em 17/05/2022 às 12:02

Antes de ser preso em SP, Paulo Cupertino morou em MS por 8 meses como 'Seu Manoel'

No estado, o homem conseguiu emitir documento falso. Paulo Cupertino foi preso nesta segunda-feira (16) em São Paulo

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Foto - Divulgação Polícia Civil de SP

Paulo Cupertino, preso nesta segunda-feira (16), viveu em Mato Grosso do Sul por oito meses entre os quase três anos que ficou foragido pela morte do ator Rafael Miguel e dos pais do adolescente.

Conforme informações da Polícia Civil, durante 2020, o acusado morou em um sítio, em Eldorado (MS), e usava um nome falso de "Manoel Machado da Silva", mas era conhecido como "Seu Manoel".

A Polícia Civil obteve informações sobre a passagem de Cupertino por Mato Grosso do Sul após ele sair do estado. A investigação confirmou o período em que o acusado permaneceu no estado por meio de fotos e vídeos de câmeras de segurança.

Em Eldorado, Cupertino - ou Seu Manoel - usava barba grande e máscara, o que ajudava no disfarce. O acusado frequentava assiduamente uma barbearia, uma lotérica onde fazia apostas e até o posto de saúde da cidade, após conseguir emitir uma carteira no Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme reportagem publicada pelo g1, em 2020, a investigação da polícia apontava que Cupertino era muito discreto e começou a sair do sítio, em Eldorado, apenas no começo da pandemia, quando pôde usar máscara de proteção.

Segundo a apuração da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Paulo Cupertino teria chegado ao estado após fuga para Ponta Porã (MS). Na cidade fronteiriça, o acusado conheceu um homem que o levou para Eldorado para trabalhar em um sítio.

"A polícia acredita que Paulo Cupertino e o Alfonso se conheceram em Ponta Porã. Lá, já sabendo dos fatos, Alfonso ajudou Cupertino e ofereceu uma vaga de caseiro na fazenda dele. Ali, ele viveu como Seu Manoel até o dia da fuga", explicou o delegado Pablo Reis há época.

A investigação apontou que, antes da estadia em Eldorado, o assassino conseguiu a emissão de uma falsa Certidão de Pessoa Física (CPF) ao apresentar outros documentos falsos na Receita Federal de Ponta Porã (MS).

O acusado nega que cometeu o crime.

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