Buscar

18/08/2016 às 11:28, Atualizado em 18/08/2016 às 13:11

Advogado e fiscal sanitário foi executado com tiros no braço, pescoço e ouvido

Luiz Eduardo Lopes trabalhava há 24 anos na prefeitura e OAB acompanha apuração

Exame de raio-x feito por peritos do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) de Campo Grande apontam que o fiscal sanitário Luiz Eduardo Lopes, de 45 anos, foi atingido por seis tiros, no braço, pescoço e ouvido. São dez orifícios, de entrada e de saída, encontrados no corpo da vítima executada na manhã de terça-feira (16), na Avenida Raquel de Queiroz, bairro Aero Rancho.

A motivação do crime e os suspeitos ainda não foram identificados, embora a possibilidade de acerto de contas referente ao ramo de atuação do fiscal tenha sido estudada pela polícia. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criou comissão para acompanhar as investigações, já que Eduardo era bacharel em direito.

Na tarde de terça-feira, agentes do Serviço de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil realizaram trajeto feito pela vítima, em busca de pistas, bem como de câmeras de segurança que pudessem auxiliar na identificação dos suspeitos, porém, os dispositivos de captura de imagens averiguados em estabelecimentos próximos não funcionavam. O objetivo era o de verificar os horários que vítima saiu de casa e se, por exemplo, era perseguida pelos executores.

Segundo o delegado Gomides Ferreira dos Santos Neto, coordenador do SIG, ao menos por enquanto, não há evidências de que o crime possa estar ligado com o trabalho de Eduardo. “É cedo para fazermos qualquer afirmação. Não podemos descartar nenhuma possibilidade, mas também não podemos afirmar qual a motivação. Em conversas com familiares, levantamos informações que podem nos nortear, mas tudo é mantido em sigilo”, pontuou o delegado.

Apesar do ar de mistério feito pela polícia, informações extra-oficiais apontam que o fiscal não era bem visto por comerciantes do Aero Rancho, pelo modo, à vezes grosseiro, que os tratava. “Nada neste sentido chegou a nós”, observa Gomides. A família disse à polícia que o homem sofria de transtorno bipolar (alteração entre períodos de muito bom humor e períodos de irritação ou depressão, as chamadas oscilações de humor) e era considerado estressado e agressivo. Tais evidências coincidem a suspeita refutada pelo delegado, mas colegas de trabalho informam que o homem, apesar dos problemas psicológicos, era uma pessoa tranquila e bastante solícita, sem nenhum tipo de desavença no ambiente de trabalho. Ele estava na prefeitura há 24 anos.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.