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11/02/2017 às 10:28, Atualizado em 10/02/2017 às 21:31

NOVA ANDRADINA: Professores prometer ir ao MP caso governo insista em abrir turmas somente com mais de 32 alunos

A decisão da SED (Secretaria de Estado de Educação) tem causado uma série de transtornos tanto para professores quanto para os estudantes, já que isso poderá implicar na diminuição de salas de aula e, consequentemente, de vagas nas escolas.

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Divulgação

O início das aulas nas escolas estaduais de Nova Andradina deve ser tumultuado. Isso porque os professores estão se mobilizando contra a determinação do governo de Estado de fechar turmas que possuem menos de 32 alunos por sala de aula

.Em reunião realizada nesta sexta-feira (10) no Sindicato dos Trabalhadores em Educação, com a presença maciça de professores de todas as unidades escolares, a categoria decidiu que irá recepcionar os alunos na segunda-feira (13), que estão com vaga garantida.

Os alunos que, por ventura, não conseguirem a vaga naquela instituição serão informados que devido a medida adotada pelo Secretaria de Estado de Educação (SED) terão que estudar em outra escola ou, caso se sintam lesados, orientados a buscar seus direitos junto à procuradoria.

Já os educadores prometem fazer um levantamento do número de salas fechadas e de alunos que tiveram que ser remanejados para outras escolas. Por volta das 9h30, eles deverão se reunir novamente no Simted para avaliar a situação de cada unidade escolar. O sindicato convida também os pais dos estudantes prejudicados a participarem dessa reunião para que o movimento se fortaleça ainda mais.

Outra ação planejada é uma manifestação em frente a Coordenadoria Regional do Estado para esta mesma data, porém a categoria deve aguardar o pronunciamento do governo para definir os detalhes desta mobilização.

Segundo informações do presidente da entidade, Edson Granato, este encaminhamento foi discutido amplamente por todos que participaram da reunião. “Os professores estão lutando pelo direito de trabalhar. Os alunos pelo direito de estudarem na escola em que optaram por fazer a matrícula. Essa decisão do governo precisa ser revista para que não prejudique alunos e nem professores”, defendeu.

Entenda o movimento

A classe dos professores de Nova Andradina, através do seu sindicato quer um posicionamento oficial do governo do Estado com relação a abertura de salas de aula com lotação inferior a 32 alunos, ou seja, o cumprimento de duas deliberações (n° 7828, de 30 de maio de 2005 e o n°10.814, de 10 de março de 2016) que prevêem:

- a abertura de salas de 15 a 25 alunos nos casos em que houver educandos com deficiência;

- para a oferta das etapas da educação básica, a sala de aula deve assegurar as seguintes dimensões mínimas por estudante: I – 1,50m2 na educação infantil, para as crianças de 3 a 5 anos; II- 1,50m2 nos anos iniciais do ensino fundamental; III – 1,30 m2 nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

Parágrafo único, prevê que deve ser respeitada a distância focal de, no mínimo, 1,50 m entre a lousa e a primeira fileira de carteiras”.

A preocupação central dos profissionais em educação é que o governo não autoriza a abertura de salas de aula com lotação inferior a 32 alunos. Porém, a realidade das escolas estaduais do município e de muitas outras cidades é que as salas não têm capacidade para atender essa quantidade de estudantes.

Esta decisão da SED (Secretaria de Estado de Educação) tem causado uma série de transtornos tanto para professores quanto para estudantes, já que isso poderá implicar na diminuição de salas de aula e, consequentemente, de vagas nas escolas.

Segundo informações do presidente do Simted, Edson Granato, se essa medida prevalecer é grande a possibilidade de fechamento de algumas salas e de alguns professores perderem a lotação na escola. Além disso, estudantes poderão ter que estudar em outra unidade escolar, caso não haja vaga na escola em que optou por fazer a matrícula. “Como o governo ainda não se posicionou se vai ou não abrir salas de aula, conforme capacidade dessas salas é possível que professores e alunos não consigam garantir uma vaga, gerando insegurança para todos”, explica.

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