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09/05/2017 às 06:30, Atualizado em 08/05/2017 às 21:32

Encerrada greve dos Correios em MS

Entre os pontos aprovados está o retorno normal das férias nos meses de maio e junho e nos meses posteriores serão reavaliados em 30 e 60 dias.

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Divulgação

Os trabalhadores dos Correios em greve no Mato Grosso do Sul desde o dia 27 de abril decidiram, em assembleia geral realizada na tarde desta segunda, 8 de maio, encerrar a paralisação.

Dos cinco pontos apresentados como proposta pela empresa para encerramento do movimento, os trabalhadores de MS aprovaram quatro, excluindo o ponto que trata da implantação de um novo Plano de Demissão Incentivada. Na avaliação dos trabalhadores de Mato Grosso do Sul a aprovação deste ponto implicaria num apoio implícito ao PDI e às demissões. Conforme a presidente do SINTECT-MS, Elaine Regina Oliveira, “sempre fomos contrários à implantação de demissões incentivadas sem um plano para realização de concurso e contratação para suprir a demanda em setores onde existe falta crônica de pessoal, o que inclusive compromete a prestação de um serviço de qualidade por parte da empresa, como é caso a falta de carteiros e atendentes. Então recusamos essa proposta”.

Entre os pontos aprovados está o retorno normal das férias nos meses de maio e junho e nos meses posteriores serão reavaliados em 30 e 60 dias.

Os planos de reorganização de trabalho como Distribuição Domiciliar Alternada, Organização de Atividades Internas e Centro de Distribuição Domiciliária Centralizador serão suspensas novas implantações e será formada uma comissão paritária para discussão e reavaliação nos setores já implementados. De acordo com o sindicato projeto como o de Distribuição Alternada prejudica antes de tudo a população usuária dos serviços dos Correios pois implica na suspensão da entrega diária principalmente nos pequenos municípios do interior que passariam a ter entrega apenas uma ou duas vezes por semana.

Em relação à revisão do Plano de Saúde da categoria, a empresa se comprometeu que enquanto houver mediação no TST (Tribunal Superior do Trabalho, não será feita a judicialização da questão.

Quanto aos dias parados, haverá desconto apenas do dia 28 de abril. Os demais dias parados serão compensados.

Para a presidente do SINTECT-MS, a greve mostrou para o governo que existe uma grande insatisfação entre os trabalhadores dos Correios para com a situação atual, e seu alcance no interior foi uma prova disso. “Os trabalhadores que entraram em greve, na capital e no interior, voltam de cabeça erguida, conscientes de que lutaram não só pelos seus interesses e direitos pessoais mas de toda categoria, inclusive daqueles que não entraram em greve. Nossa tarefa agora é nos prepararmos para a próxima campanha salarial, onde será discutido o próximo Acordo Coletivo de Trabalho, de forma a garantirmos que o futuro acordo não tenha nenhum retrocesso em relação ao atual, no que se refere aos benefícios e plano de saúde, bem como garantirmos o reajuste de nossos salários. Saudamos aos que estiveram na linha de frente e conclamamos à toda categoria paras próximas lutas que temos pela frente”.

Fonte: Assessoria de Comunicação do SINTECT-MS.

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