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30/11/2019 às 10:30, Atualizado em 29/11/2019 às 18:43

Preço da carne não vai voltar ao que era antes, diz ministra

Alta nas exportações para China e congelamento dos preços nos últimos anos influenciaram aumento.

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Foto - reprodução Correio do Estado

A arroba do boi gordo acumula 30% de aumento nos últimos 30 dias em Mato Grosso do Sul e segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, não vai mais voltar ao patamar anterior. Isso significa que os consumidores já devem se preparar para gastar mais com o churrasco daqui em diante.

Em entrevista ao Estado de S. Paulo, ela explicou que a alta foi influenciada pelas altas nas exportações de carne para a China e pela falta de reajuste nos últimos três anos.

Contudo, em transmissão pela internet, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) contradisse a ministra e garantiu que os preços do produto voltem a se normalizar em três ou quatro meses.

"Não é papel do ministério intervir nas relações de mercado. Os preços são regidos pela oferta e procura. Neste momento, o mercado está sinalizando que os preços da carne bovina, que estavam deprimidos, mudaram de patamar", afirmou, em nota o Ministério da Agricultura.

Os dados do aumento na arroba divulgados acima foram repassados pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul). A arroba da vaca, segundo a entidade, subiu 32% desde o dia 28 de outubro.

Durante a inauguração do complexo industrial de processamento e refino de soja da Coamo, em Dourados na segunda-feira (25), Tereza declarou que em caso de desabastecimento da carne bovina no País, o Brasil poderia importar o produto.

Para o presidente da Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carne (Assocarnes-MS), Sérgio Capuci, a formação do preço da arroba está tanto ligada à falta de animais no País quanto à exportação para a China.

“Se a gente for calcular os impactos na formação do preço da arroba e consequentemente do aumento da carne para o consumidor, a exportação para a China representaria uns 30%. Os outros 70% por causa da baixa oferta de animais principalmente por causa do período de estiagem”, explicou também durante o evento.

Com informações do Correio do Estado

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