Buscar

17/09/2018 às 09:30, Atualizado em 16/09/2018 às 22:09

Vítima de violência doméstica, mulher precisa de doações para reconstruir a vida

De carona, ela chegou a Campo Grande junto com os dois filhos de 6 e 11 anos.

No movimento em que mulheres se reconhecem como irmãs, uma rede tem buscado apoiar uma vítima de violência doméstica que chegou a Campo Grande de carona, vinda de São Paulo. Aos 32 anos e mãe de duas crianças, de 6 e 11 anos, ela precisa de casa, trabalho e apoio para recomeçar. Foi uma amiga de infância, a doula Carla Camargo, quem encabeçou uma campanha nas redes sociais.

“Que nenhuma mulher passa por isso e se passar, que ela tenha apoio. Preciso de sua ajuda para ajudar uma mulher a se reconstruir. Ela precisa de todos os itens para montar uma casa e recomeçar sua vida com seus dois filhos pequenos. Se você puder ajudar, me procure!”

Há sete anos em Campo Grande, Carla continuou mantendo contato com a amiga de São Paulo para quem hoje pede ajuda. “Queremos montar uma casa para que ela tenha dignidade de recomeçar a vida dela sem pensar que sem ele, ela não consegue”, explica Carla. Foi no feriado do último dia 7 que o celular de Carla tocou. Na mensagem, vinha o pedido de ajuda. A amiga precisava de passagens para deixar o marido e por um fim nas agressões verbais e físicas que vinha sofrendo.

“A gente nunca perdeu contato, estávamos sempre nos falando e ela me relatando os problemas. Daqui, eu dizia que ela não estava sozinha, que eu estava com ela para o que precisasse, inclusive com a minha casa de portas abertas, porque eu sabia dessa possibilidade”, comenta a doula. Sem familiares próximos, a vítima levou as crianças e ficou na casa de outra amiga até conseguir vir para Campo Grande.

Desde o feriado, Carla começou a movimentação nas redes sociais para conseguir uma carona para a família e também doações para montar a casa. “Juntas somos mais fortes e se cada uma puder contribuir com alguma coisa”, fala esperançosa. Não foi a primeira vez que Carla abriu a casa para uma vítima de violência doméstica. Um dos quartos da casa já foi ocupado, por quatro dias, por uma mãe e seus dois filhos.

A vítima, que chegou no sábado (15), na Capital, conta que em São Paulo, dentro de uma das delegacias da mulher onde foi registrar o boletim de ocorrência, foi orientada a não pedir a medida protetiva, porque o marido poderia “sumir com as crianças”. “Aqui, nós vamos matricular os filhos dela na escola e vamos até a Casa da Mulher Brasileira, para termos todas as orientações”, completa Carla.

Das crianças, o menino tem 6 e a menina tem 11 anos. A família precisa de móveis, eletrodomésticos e todos os utensílios para casa, além de roupas e sapatos. O telefone para contato é o 9-9153-3553.

Fonte - Correio do Estado

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.