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04/04/2018 às 15:30, Atualizado em 04/04/2018 às 14:53

Cunhado de Ana Hickmann é absolvido da acusação de homicídio doloso

Gustavo Corrêa foi absolvido da morte de Rodrigo de Pádua, em maio de 2016, em um hotel.

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Divulgação

O cunhado de Ana Hickmann, Gustavo Correa, acusado de matar Rodrigo Augusto de Pádua, foi absolvido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A decisão foi tomada nesta terça-feira (3). Segundo a decisão da juíza do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Âmalin Aziz Sant'Ana, Gustavo agiu em legítima defesa.

A apresentadora Ana Hickmann sofreu um atentado por um "fã" na capital mineira, em maio de 2016. O crime aconteceu dentro de um hotel no bairro Belvedere. Gustavo matou Rodrigo após este atirar contra sua mulher, Giovana Oliveira, assessora da apresentadora.

O cunhado de Ana Hickmann foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso, quando há intenção de matar. O argumento do promotor Francisco Santiago é que como Rodrigo foi morto com três tiros na nuca, houve excesso de legítima defesa e se configura um crime de homicídio.

A juíza considerou a luta corporal entre Gustavo e Rodrigo, sem que o fã largasse a arma, a tensão do réu e a ausência de fatos que comprovem que o cunhado de Ana Hickmann estaria no controle da situação quando atirou.

A decisão também determinou que Gustavo não irá a júri popular.

“Se o acusado Gustavo efetuou um ou três tiros, tal questão é resolvida com o conhecimento pacífico e indiscutível de que a legítima defesa não se mede objetivamente, pois, a pessoa que luta por sua vida, desfere tantos tiros quanto sua emoção no momento, ou mesmo seu instinto de preservação, demonstram ser necessários. Nenhum de nós, em momento de contenda física incessante, como comprovado, consegue ter discernimento se se está efetuando os disparos estritamente necessários para resguardar sua vida, ou não”, disse a juíza. As partes ainda podem recorrer da decisão.

Atentado

Rodrigo Augusto de Pádua, que era de Juiz de Fora, na Zona da Mata, estava hospedado no mesmo hotel que Ana Hickmann, no dia 21 de maio de 2016. Segundo o boletim de ocorrência, ele rendeu Gustavo e o obrigou a ir até o quarto de Ana, onde também estava a mulher dele, Giovana, que é assessora da apresentadora.

O delegado de Homicídios Flávio Grossi contou à época do crime que Ana Hickmann desmaiou depois que Giovana, já baleada, caiu de costas sobre seu braço. As duas foram socorridas pelo cabeleireiro que atenderia a modelo. Ele chegou a gravar, no telefone, trechos da conversa de Rodrigo com a equipe de Ana Hickmann rendida dentro do quarto.

As duas mulheres deixaram o quarto no momento em que Gustavo começou a lutar com Rodrigo. Na luta, Rodrigo foi morto com três tiros. Giovana contou, em depoimento, que o "fã" falou em "roleta russa".

Após ser baleada, Giovana ficou internada em um hospital de Belo Horizonte até o dia 25 de maio, quando foi transferida para o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Ela teve alta no dia 2 de junho de 2016.

No perfil que Rodrigo mantinha no Instagram, todos os posts eram relacionados à apresentadora, que o fã dizia amar. Flávio Grossi disse que a família de Rodrigo Augusto de Pádua sabia do fascínio do jovem pela modelo.

Conteúdo - O Globo

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