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14/01/2018 às 14:53, Atualizado em 14/01/2018 às 17:56

Com diploma e sem emprego: drama de 10 mil trabalhadores em MS

Desemprego entre os mais qualificados é o que mais cresce no Estado.

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Foto: Reprodução Campograndenews

Os mais qualificados são os que mais sofrem com o crescimento do desemprego em Mato Grosso do Sul. São 10 mil sul-mato-grossenses com diploma e sem carteira de trabalho assinada. Essa quantidade equivale a 9,25% do total de desempregados no Estado; em 2012, esse índice era de 6,5%. No período, a desocupação entre trabalhadores com curso superior aumentou 150%.

Os números são da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e se referem ao terceiro trimestre do ano passado (dados mais recentes).

O IBGE considera desocupados os que estão na força de trabalho, mas não estão trabalhando. Trata-se de pessoas que perderam o emprego e/ou que estão tentando entrar no mercado de trabalho. Os demais – como estudantes que ainda não estão em busca de emprego – são classificados como “fora da força de trabalho”.

Em 2017 (terceiro trimestre), havia 2,103 milhões de sul-mato-grossenses com 14 anos ou mais, dos quais 1,367 milhão estavam na força de trabalho. Desse universo, 108 mil buscavam alguma vaga, incremento de 77% em cinco anos – no mesmo período de 2012, eram 61 mil sem ocupação.

O avanço do desemprego foi impulsionado, sobretudo, por pessoas com mais tempo de estudo. Os 10 mil desempregados com curso superior representam 3,9% dos 254 mil sul-mato-grossenses com esse nível de instrução e que estão na força de trabalho. Em 2012, a equivalência era de 2,5% (4 mil desempregados do total de 159 mil na força de trabalho, egressos de faculdades).

Situação ainda mais crítica é dos trabalhadores que estão fazendo faculdade. No ano passado, eram 90 mil universitários na força de trabalho em Mato Grosso do Sul, dos quais 9 mil estavam desempregados. Em 2012, do total de 159 mil acadêmicos no mercado, 3 mil eram atingidos pelo desemprego. A parcela à procura de uma vaga de emprego cresceu, assim, 200%, ou seja, triplicou.

Com informações do Campograndenews

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