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20/05/2020 às 06:46, Atualizado em 19/05/2020 às 22:48

Maia e Alcolumbre admitem adiamento de eleições municipais

Proposta é realizar primeiro turno dia 15 de novembro e o segundo, para início de dezembro

Com o avanço da pandemia do novo coronavírus, a Câmara e o Senado tentarão adiar as eleições municipais, marcadas para outubro. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avisou, porém, que a ideia é evitar a prorrogação de mandatos de prefeitos e vereadores.

"Na discussão com os líderes, é posição quase de unanimidade que devemos ter adiamento, mas sem prorrogação de nenhum mandato", afirmou Maia, nesta terça-feira, 19. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi na mesma linha. "Temos acompanhado, nos últimos dias, essa aflição dos brasileiros em relação ao problema de saúde pública e, naturalmente, a preocupação com a democracia", observou Alcolumbre, ao relatar conversas com Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e com o ministro Luis Roberto Barroso, que está prestes a assumir o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Uma das propostas que já circula entre os parlamentares é a de adiar o primeiro turno das eleições para 15 de novembro e deixar a segunda rodada para o início de dezembro. Agora, Câmara e o Senado devem criar um grupo de trabalho, com deputados e senadores, para estudar a mudança de calendário eleitoral.

Na avaliação do líder do Cidadania, deputado Arnaldo Jardim (SP), tudo indica que o atual cronograma terá problemas, uma vez que, além das datas das votações, partidos e candidatos precisam cumprir exigências antes de outubro. "Não vamos prorrogar mandatos. A ideia é jogar a data para frente", observou Jardim.

"O meu desejo é não adiar. Mas é inegável que neste momento, olhando para a frente, há uma possibilidade real de isso ser necessário", afirmou Barroso em entrevista ao Estadão, no início deste mês.

Em março, Maia não admitia o adiamento da disputa. "A discussão de adiar as eleições é completamente equivocada. Nestes próximos meses, o foco do Parlamento, do Poder Executivo e do Judiciário será, certamente, o enfrentamento dessa crise, com os Três Poderes trabalhando de forma unida", disse o presidente da Câmara, na época.

Conteúdo - Estadão

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