Buscar

27/03/2024 às 10:30, Atualizado em 26/03/2024 às 23:18

PM abre inquérito para apurar humilhações e acusações de furto de munição em quartel de MS

Aspirante a oficial teria acusado seis policiais, entre sargentos, cabos e soldados, de furto de duas munições

Cb image default
Divulgação

A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul instaurou inquérito para apurar a situação ocorrida envolvendo humilhações e furto de munições em um quartel da PM na região sul do Estado, na segunda-feira (25). Um policial teria acusado dois sargentos do furto.

Segundo denúncias, um policial aspirante a oficial teria acusado dois sargentos, dois cabos e dois soldados de terem furtado duas munições. Ocorre que, conforme o denunciante, o aspirante teria esquecido a arma de fogo com os carregadores na cozinha por volta das 12 horas do último domingo (24) e só se deu conta por volta das 7h de segunda-feira (25).

“Ele colocou os seis policiais em forma e no meio do pátio do quartel, proferindo palavrões, revistou os pertences pessoais de cada um, inclusive da policial feminina, expondo material íntimo dela”, explicou.

O aspirante chegou a ser questionado sobre a revista na policial feminina, pois deveria ser feita por outra policial, momento em que ele teria gritado: “Cala boca, seu moleque”. Teria dito ainda: “Vou ferrar com todos vocês”.

A revista nos seis policiais ocorreu na frente dos policiais que trabalham no administrativo, assim como na frente de servidores civis e pessoas que passavam na frente do quartel.

“Os policiais saíram humilhados, em choque e muito emocionados devido à humilhação e constrangimento. São policiais com comportamento excepcional e conduta com reconhecimento da população”, disse o denunciante.

A ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares e Mato Grosso do Sul) e o comando tomaram consciência da situação, inclusive foi aberta uma portaria para apurar por que o aspirante colocou todos em forma, tanto quem entrava ou saía do quartel, segundo a ACS.

Todos os envolvidos serão ouvidos ainda nesta semana. Foi solicitado apoio jurídico da ACS e também será avaliada a possibilidade de encaminhar o autor ao FAF (Fundo de Assistência Feminina ao Policial Militar do MS) por conta da atitude dele.

Em nota, a PM disse que instaurou inquérito Policial Militar para investigar os fatos. O prazo é de 40 dias. “Não podemos antecipar qualquer juízo de valor para não interferir nas investigações”.

Conteúdo - Midiamax

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.