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19/03/2022 às 08:26, Atualizado em 19/03/2022 às 01:27

Fundador do Telegram pede desculpas após ordem de bloqueio no Brasil

O fundador do Telegram, Pavel Durov, publicou nesta sexta-feira, dia 18 de março, uma mensagem em seu canal no aplicativo para comentar a ordem de bloqueio do serviço no Brasil.

"Parece que tivemos um problema com e-mails entre nossos endereços corporativos do telegram.org e o Supremo Tribunal Federal. Como resultado dessa falha de comunicação, o Tribunal decidiu proibir o Telegram por não responder", escreveu Durov.

"Em nome de nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência. Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor", continuou.

O empresário russo lembrou que, em fevereiro, o aplicativo cumpriu uma decisão judicial no Brasil. Ele se referiu à ordem de Moraes para bloquear três perfis ligados ao blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

Segundo Durov, o Telegram respondeu à Justiça brasileira com sugestões de enviar futuras solicitações para um e-mail dedicado a isso.

"Infelizmente, nossa resposta deve ter sido perdida, porque o Tribunal usou o antigo endereço de e-mail de uso geral em outras tentativas de entrar em contato conosco", publicou.

"Como resultado, perdemos sua decisão no início de março que continha uma solicitação de remoção de acompanhamento. Felizmente, já o encontramos e processamos, entregando hoje outro relatório ao Tribunal".

Em sua mensagem, Durov disse que milhões de brasileiros usam o Telegram para conversar com familiares e amigos, e pediu para o Supremo adiar a decisão por alguns dias.

Ele afirmou que um novo prazo permitirá à plataforma nomear um representante no Brasil e estabelecer uma estrutura para lidar com futuros casos urgentes.

Durov também disse que as últimas três semanas foram inéditas para o mundo e para o Telegram. Ele afirmou que a equipe de moderação de conteúdo foi "inundada com solicitações de várias partes".

"Estou certo de que, uma vez estabelecido um canal de comunicação confiável, poderemos processar com eficiência as solicitações de remoção de canais públicos que são ilegais no Brasil", afirmou.

Fonte - G 1

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