Publicado em 16/01/2020 às 08:30, Atualizado em 15/01/2020 às 19:52

Secretaria de Saúde auxilia municípios no combate a dengue em Mato Grosso do Sul

No final do ano passado, a Secretaria de Estado de Saúde lançou a Campanha Estadual de Combate de enfrentamento das arboviroses para 2020.

Redação,
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Divulgação

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES), através da Superintendência Geral de Vigilância em Saúde, tem auxiliado os municípios no combate à dengue, zika e chikungunya neste período de alta incidência do mosquito Aedes aegypti, vetor das doenças.

A Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores dá suporte técnico e logístico para que todos os municípios de Mato Grosso do Sul possam elaborar estratégias de ações de combate.

A Secretaria Estadual de Saúde está em contato constante com os municípios, tanto na parte de Controle de Vetores como na assistência e vigilância epidemiológica. As ações são interligadas. São orientadas condutas como, por exemplo, colocar em ação os planos de resposta à epidemia contidos no Plano de Contingência Estadual e Municipal.

No final do ano passado, a Secretaria de Estado de Saúde lançou a Campanha Estadual de Combate de enfrentamento das arboviroses para 2020, onde foram apresentadas estratégias de ação para sensibilização da comunidade, o engajamento dos prefeitos na articulação intersetorial no âmbito de seus municípios, implementação das ações do Comitês Municipais, bem como capacitações técnicas aos Agentes e Coordenadores de endemias.

Em dezembro, a Secretaria de Estado de Saúde realizou capacitação para os municípios sobre manejo clínico para a dengue ministrado pelo médico infectologista Rivaldo Venâncio (Fiocruz/UFMS). Participaram 60 profissionais da área de saúde das prefeituras de Campo Grande, Coxim, Cassilândia, Corumbá, Ribas do Rio Pardo, Maracaju e Anaurilândia.

O Governo do Estado também investiu em estrutura, distribuindo equipamentos e materiais às prefeituras. Os municípios de Mato Grosso do Sul também receberam 4,5 mil uniformes, 2,6 mil bolsas de lonas totalmente equipadas, 880 máscaras, 620 macacões, 2 mil luvas ecológicas, 1 mil botinas, 4,5 mil filtros, 170 bonés, 1 milhão de sacos de lixos, 630 óculos de proteção, 1 milhão de folders, 700 faixas, 20 mil cartazes, 1,6 mil banners.

A Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores também disponibilizou 16 máquinas de UBV pesado para os municípios de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Coxim, Naviraí, Corguinho, Rio Negro, Aquidauana, Bataguassu, Ponta Porã, Sidrolândia, Terenos, Água Clara e Bonito. Também foram distribuídas 56 bombas costais motorizadas no Estado.

Foram capacitados 79 coordenadores de Endemias, para atuação em cada município, 189 supervisores de Endemias, 359 agentes de Endemias, 26 técnicos de laboratório e 162 técnicos operacionais.

Para dar agilidade na detecção da doença, a Secretaria Estadual de Saúde adquiriu com recursos próprios kits de diagnóstico capazes de realizar 25 mil exames. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) realiza exames dos 79 municípios. Para o diagnóstico da dengue, zika e da febre chikungunya, são realizados os exames de biologia molecular (PCR) e sorologia (Elisa), feitos por kits IgM, NS1 e IgG. Os resultados ficam prontos em quatro horas, dando prioridade para pacientes graves, internações e óbitos.

Também está em desenvolvimento a implantação do Método Wolbachia em Campo Grande, parceria do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES), Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) e Fundação Oswaldo Cruz. Campo Grande foi uma das três cidades do País a serem escolhidas para a etapa final do método Wolbachia para o combate ao mosquito Aedes aegypti, antes da sua incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os mosquitos com Wolbachia carregam esse microrganismo, natural em 60% dos insetos, que dentro das células do Aedes aegypti reduz a capacidades deles na transmissão de dengue, zika e chikungunya. Os outros municípios onde esse trabalho está sendo realizado são Belo Horizonte (BH) e Petrolina (PE), demandando investimentos de R$ 22 milhões.

A SES também faz parte da REPLICK, Rede de Pesquisa Clínica Aplicada em Chikungunya, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. A Rede Replick é um consórcio de estudos clínicos aplicados à chikungunya que envolve 11 centros de pesquisa de nove estados brasileiros (RJ, BA, MS, SP, CE, PE, PR, AM e RR). A Rede é coordenada pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, e conta com o apoio do Ministério da Saúde, por meio das Secretárias de Vigilância em Saúde (SVS) e de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE).

Fonte - Assessoria