Publicado em 21/09/2025 às 07:00, Atualizado em 20/09/2025 às 16:38

Professora de 24 anos morre vítima de dengue hemorrágica

Karen Silva Cruz, recém-formada em Filosofia pela UFMS, era referência para jovens estudantes e atuava também na militância política

Redação,
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Divulgação

A morte precoce da professora Karen Silva Cruz, de 24 anos, vítima de dengue hemorrágica, abalou familiares, amigos e colegas em Campo Grande. A jovem faleceu na madrugada desta sexta-feira (19), poucos dias após apresentar os primeiros sintomas da doença.

Recém-formada em Filosofia pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Karen lecionava em cursinho popular e era considerada inspiração para jovens que buscavam alcançar o ensino superior. “Semana passada, estava saudável; tudo mudou em poucos dias”, disse o irmão, Kauã Silva Cruz.

Flamenguista e descrita como alegre, intensa e solidária, Karen deixou marcas profundas em todos que conviveram com ela. “Ela era amiga, companheira, gostava muito de se divertir e defendia a importância do serviço humano na sociedade. Infelizmente, tão jovem se foi e vai deixar mágoas no coração de familiares e amigos”, completou o irmão.

Além da carreira acadêmica, Karen também integrava a Secretaria de Formação da Juventude do PT/MS, onde se dedicava à formação política de outros jovens. Em nota, o partido lamentou a perda e destacou que sua memória será lembrada como exemplo de coragem e esperança.

Avanço da doença

O caso reacende o alerta para o avanço da dengue em Mato Grosso do Sul. Segundo boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde), até a 34ª semana epidemiológica de 2025 já foram confirmados 7.928 casos da doença e outros 13.446 considerados prováveis. O Estado contabiliza ainda 17 mortes confirmadas, além de sete em investigação.

Ao todo, 48 cidades registraram alta incidência da doença neste ano, mesmo com a aplicação de 181.578 doses da vacina contra a dengue no público-alvo de 10 a 14 anos.