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27/12/2022 às 12:00, Atualizado em 27/12/2022 às 12:24

Número de mortes por dengue quadruplica no Brasil em 2022

Brasil vive explosão de casos de dengue em 2022; ano pode terminar com recorde de mortes pela doença

O número de mortes por dengue quadruplicou no país em 2022. Para evitar o avanço da doença e combater o mosquito, o caminho passa pela prevenção.

A luta é inglória. A aposentada Sandra Abreu mata um mosquito, mas sabe que outros virão porque o criadouro, o perigo, mora bem embaixo da sua varanda, em dois piscinões de água parada numa obra que, há anos, foi abandonada.

“Seis horas da tarde tem que fechar a porta para os pernilongos não entrarem. O mosquito da dengue já apareceu aqui na minha varanda. Tirei pratinho de tudo. Tenho várias plantas, mas por conta desse piscinão retirei todos os pratinhos para não ter problema”, diz a aposentada Sandra Abreu.

Só na ruela de uma comunidade na Zona Sul de São Paulo foram seis casos de dengue no começo desse ano. Evitar a repetição desses surtos localizados é um dos focos dos agentes da prefeitura. Um trabalho enorme que depende da ajuda e da consciência de cada um.

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A preocupação é grande porque as mortes por dengue aumentaram muito no Brasil em 2022. Até o dia 10 de dezembro, o país registrou 980 mortes pela doença, quatro vezes mais que em 2021.

“Teve um aumento do número de casos bastante significativo no início do ano de 2022. Foi um ano bem chuvoso, e também pelo processo de expansão da dengue para o sul do país. Então, temos estados que antes não tinham tanta ocorrência de dengue, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que passaram a sofrer com a dengue. E uma doença nova chegando num estado novo, uma população nova, leva a um aumento do risco de óbitos. Então, isso explica em parte o aumento do número de casos no verão passado”, explica Claudia Codeço, coordenadora do InfoDengue e pesquisadora da Fiocruz.

Para evitar que esse verão faça mais vítimas, 11 mil agentes de saúde e controle de endemias começaram um trabalho de prevenção na cidade de São Paulo. O alerta vai para o poste, está na faixa aberta para os motoristas, bate nas portas.

O cuidado para evitar os pequenos e os grandes criadouros já é bem conhecido dos brasileiros e não pode ser deixado para depois.

“É o momento da prevenção de todos nós. Nos atentarmos para as possibilidades de focos de água parada e eliminar qualquer tipo de recipiente que possa ficar com água parada e isso tornar-se um criadouro para o mosquito da dengue”, diz Luiz Artur Caldeira, coordenador de Vigilância em Saúde da capital paulista.

A Secretaria municipal de Saúde de São Paulo disse que fez uma vistoria nesta segunda-feira (26) no terreno com água parada mostrado na reportagem e informou que aplicou larvicida no local e que vai monitorar a área.

Com informações do G 1

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