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16/04/2025 às 08:30, Atualizado em 16/04/2025 às 08:23

Ministério da Saúde deve solicitar inclusão da vacina contra chikungunya no SUS

Imunizante de dose única, desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com farmacêutica europeia, já foi aprovado pela Anvisa

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Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou que irá solicitar a incorporação da vacina contra a chikungunya no Sistema Único de Saúde (SUS). O pedido será encaminhado à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), responsável por avaliar a inclusão de novos medicamentos e vacinas na rede pública.

A medida ocorre após a aprovação do registro do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta semana. Produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Valneva, a vacina já obteve autorização de uso por agências internacionais como a FDA (Estados Unidos) e a Agência Europeia de Medicamentos.

Em nota, o ministério informou que o envio à Conitec tem como objetivo “a adoção das medidas imediatas necessárias para dar seguimento à avaliação da oferta do novo imunizante na rede pública de saúde”. A expectativa é de que, uma vez aprovada e com capacidade produtiva assegurada, a vacina passe a integrar o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A chikungunya é uma arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e do vírus Zika. Os sintomas incluem febre alta e dores intensas nas articulações, que em alguns casos podem se tornar crônicas. Introduzido no Brasil em 2014, o vírus circula atualmente em todos os estados do país.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, até 14 de abril de 2025, o Brasil já havia registrado 68,1 mil casos da doença, com 56 óbitos confirmados. A inclusão de uma vacina no SUS é vista como um avanço no enfrentamento da doença, especialmente em regiões com alta incidência.

A vacina é recombinante atenuada, de dose única, e indicada para adultos a partir dos 18 anos que tenham maior risco de exposição ao vírus. É contraindicada para gestantes e pessoas com imunodeficiências.

Inicialmente, a produção será realizada na Alemanha pela empresa IDT Biologika GmbH, com previsão de transferência de tecnologia para que o Instituto Butantan assuma a fabricação no Brasil futuramente.

Segundo o Ministério da Saúde, a parceria com o Butantan é estratégica para garantir autonomia na produção e ampliar o acesso ao imunizante para a população brasileira.

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