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29/02/2020 às 11:26, Atualizado em 28/02/2020 às 23:28

Dois municípios da região de Nova Andradina estão com alta incidência de dengue

Bataguassu é a cidade da microrregião que tem a maior taxa de incidência para dengue, com 411 casos da doença registrados.

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Divulgação

Dois dos municípios da microrregião de Nova Andradina, no leste do Estado, estão com alta incidência da dengue. Este ano, foram notificados aproximadamente 500 casos da doença na microrregião, conforme dados são do Boletim Epidemiológico da Dengue, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde.

Bataguassu é a cidade da microrregião que tem a maior taxa de incidência para dengue, com 411 casos da doença registrados. O município tem taxa de incidência de mais de 1,9 mil casos, por 100 mil habitantes, considerada alta. Anaurilândia é outra cidade da microrregião com alta incidência de dengue com 31 casos registrados e incidência de 354 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Nova Andradina, com 36 casos e uma morte, em consequência da dengue, e Batayporã, com 10 casos, estão com incidência da doença considerada baixa. Já Taguarussu, ainda não teve casos notificados de dengue.

Autoridades em Saúde e Vigilância Sanitária reforçam que a dengue é uma das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e que os maiores focos do inseto estão dentro das residências. O mosquito, que também transmite a zika e a chikungunya, usa água parada para procriar em recipientes, como vasos de planta, pneus, ralos, calhas do telhado e, até mesmo, em tampas de garrafas esquecidas no quintal.

Campanhas informativas realizadas pelos governos do Estado e dos municípios estão alertando e orientando a população para o risco das doenças transmitidas e para forma correta de combater o mosquito, como explica o Secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende.

“Distribuímos vários informativos, ou seja, tudo que é de impresso, necessário para orientar a população, nós fizemos. Ao lado de colocar e de convocar prefeitos e secretários municipais, a fazer os chamados mutirões de limpeza, verificando, em cada logradouro, de cada cidade do estado, onde há proliferação do mosquito Aedes aegypti, ou onde haja condições para ele poder transformar pequenos recipientes em criadouros desse mosquito.”

O governo estadual decretou estado de alerta para a dengue em todos os municípios depois que 11 pessoas morreram e outras 12 mil contraíram a doença no início deste ano, quando, ao todo, mais de 2,8 mil casos foram confirmados.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou apoio do governo federal ao enfrentamento da dengue no estado, com a entrega de 80 equipamentos, como desfibriladores e monitores de sinais vitais para compor a Rede de Atenção Especializada do estado, em 42 municípios sul-mato-grossenses.

Além disso, Mandetta anunciou que Campo Grande passa a ser participante da estratégia conhecida como método Wolbachia. A técnica, que consiste em contaminar o Aedes com a bactéria que inibe a reprodução do vírus, já está em prática nas cidades de Belo Horizonte, Minas Gerais, e Petrolina, Pernambuco.

O ministro lembra que a dengue está ainda mais perigosa porque circula no país o sorotipo 2 da doença, ameaçando até quem já contraiu outros tipos de dengue.

“Eu sei a preocupação de todos os prefeitos aqui, com a epidemia de dengue. Vocês estão com o sorotipo 2, que tem 18 anos que não circula no estado e muita gente não tem a resistência. Nosso estado é muito favorável ao Aedes aegypti, nós somos um estado cujo clima é favorável. Então procurem fazer todas as ações de prevenção que vocês puderem – mutirão, envolver a população”.

Em janeiro, o Ministério da Saúde alertou que outros 11 estados brasileiros correm o risco de sofrer um surto de dengue. Além de toda a região Nordeste, a população do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo deve ficar atenta a possível surto do sorotipo 2 do vírus. Apenas em 2019, a dengue foi responsável pela morte de 782 pessoas no Brasil.

Com informações da Agência do Rádio

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