Publicado em 10/07/2020 às 09:27, Atualizado em 09/07/2020 às 23:29

Com risco de colapso na saúde em MS, ex-ministro alerta para pouca quantidade de médicos

Entre problemas de ocupação dos leitos, está o número baixo de profissionais que giram em hospitais em rodízios e plantões

Redação,
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Divulgação

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta participou de live da Comissão Especial de Enfrentamento a Covid-19 da Câmara na quarta-feira (8). E, com 630 casos positivos da doença entre profissionais da saúde, ele alerta para o risco de falta de médicos caso haja colapso na saúde.

“Ainda vejo em Campo Grande pensando que aqui está tranquilo. Todos que tiveram essa postura e pagaram para ver, pagaram preço caro, com as vidas perdidas em sua comunidade”, disse o médico ortopedista, que alertou que é necessário um plano alternativo caso haja um grande número de infectados.

“Quantos médicos vão adoecer aqui? Quantos nós temos? Será que temos que preparar uma segunda linha de reposição? Como vamos preparar isso? Os médicos são praticamente os mesmos em giros de plantão nos hospitais. E quando ele se contamina em uma unidade, leva a doença para as outras. É preciso buscar o equilíbrio do sistema”, disse.

Para ele, um dos pontos importantes é preservar a Santa Casa porque o Hospital Regional vai ficar afogado, e até mesmo utilizar o Hospital do Pênfigo como válvula de atuação.

Ele ironiza ao falar de remédios caseiros para combater a doença. “90% dos contaminados atravessa bem com fita do João de Deus, cloroquina. Mas os 10% não. E isso causa o colapso do sistema. A vida continua e a estrutura não tem condição de atender. Você tem pessoas acidentadas, pessoas com outras comorbidades. São outras situações que necessitam também de vagas em UTIs”.

Com informações do Topmidia News