Publicado em 09/01/2021 às 13:31, Atualizado em 09/01/2021 às 09:52

Com a vacina cada vez mais próxima, todos querem prioridade

Especialista defende que o grupo prioritários para a vacinação deve ser profissionais da saúde e idosos

Redação,
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Especialista defende que o grupo prioritários para a vacinação deve ser profissionais da saúde e idosos - Divulgação

A vacinação contra a Covid-19 deve começar no dia 20 de janeiro deste ano. Esta foi a data anunciada pelo Ministério da Saúde e é o que espera o governo de Mato Grosso do Sul. Com a vacina cada vez mais próxima, grupos se organizam para a imunização e querem prioridade.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) negou o pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) para "reservar" vacinas a 7 mil servidores da Corte e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e alegou que não possui autonomia "nem para dedicar parte da produção" para a imunização de seus próprios servidores.

Uma situação semelhante aconteceu com um grupo de promotores de São Paulo que pediu prioridade à categoria na vacinação contra a Covid-19, alegando que existe um contato social 'extremamente grande'.

Para o médico infectologista Rodrigo Coelho, é necessário elencar um grau de prioridade, mas todos serão vacinados contra Covid-19.

“Todas essas questões têm que ser avaliada, é necessário elencar um grau de prioridade, mas os que estão em contato direto com pessoas com vírus, ou seja, profissionais da saúde, pessoas com comorbidades, pois já percebemos que esse grupo tem mais chances de internações ou vir a óbito, e pessoas da terceira idade precisam sim ter prioridade”, destacou Coelho.

O infectologista explica que a expectativa para a imunização é a melhor possível, visto que a vacinação contra a Covid-19 deve começar no dia 20 de janeiro deste ano. Esta foi a data anunciada pelo Ministério da Saúde e é o que espera o governo de Mato Grosso do Sul.

“Essa imunização vai ser controlada pelo Ministério da Saúde, quando chegar na fase do comércio, acredito que todos já estarão sendo vacinados. O Ministro da Saúde disse que haverá vacina para todo mundo, é preciso ter calma e paciência, toda a população é prioridade”, afirmou o infectologista.

A primeira versão do plano nacional de vacinação prevê prioridade para trabalhadores da área de Saúde, idosos (acima de 60 anos), indígenas, pessoas com comorbidades, professores (do nível básico ao superior), profissionais de forças de segurança, salvamento e funcionários do sistema prisional. Recentemente foram incluídas comunidades tradicionais ribeirinhas; quilombolas; trabalhadores do transporte coletivo, pessoas em situação de rua e presos.

Nesta quarta-feira (08), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul (Abrasel-MS), enviou um ofício à bancada federal formalizando o pedido para a inclusão de todos os trabalhadores do setor no grupo prioritário para a vacinação.

De acordo com o presidente da Abrasel, Juliano Wertheimer, foi o senador Nelson Trad que propôs a inclusão dos garçons no grupo, porém, a Associação está em contato com a bancada federal para uma adequação no texto.

“O senador que sugeriu a inclusão de garçons no grupo, ele considerou grupo de risco por estarem em contato direto com outras pessoas, nós embarcamos na ideia dele, não adianta vacinar garçons, deixando de fora a equipe de limpeza, cozinha, segurança, faz mais sentido vacinar todos, é isso que queremos”, defende o presidente da Abrasel-MS.

A Entidade quer a inclusão de todos os trabalhadores, como garçons, cozinheiros, ajudantes de cozinha, equipe de limpeza, caixas, bartenders e todos os outros funcionários no grupo prioritário para receber a vacina.

Em dezembro, a Federação Industrial do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), protocolou um pedido para a reserva de 150 mil doses de vacinas, produzida pela Pfizer/BioNTech, para o setor da indústria do Estado, junto a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O Correio do Estado entrou em contato com os responsáveis e foi informado que a entidade aguarda o posicionamento da Anvisa quanto ao pedido, mas o objetivo é vacinar 100% dos trabalhadores do setor, visando também não sobrecarregar o Sistema de Saúde.

Com informações do Correio do Estado