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21/01/2021 às 10:00, Atualizado em 21/01/2021 às 10:43

Com 10,8 milhões de doses, Brasil não tem vacina suficiente para a 1ª fase

Como a imunização de uma única pessoa é garantida somente após duas doses, são necessários 29,6 milhões de doses nesta etapa.

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Foto - Marcelo Justo

Apesar da aprovação e do início da distribuição da CoronaVac em todo o país, ainda não há doses o suficiente para imunizar toda a população-alvo da primeira fase da vacinação. Levantamento do UOL aponta ao menos 14,8 milhões de brasileiros no grupo prioritário, enquanto, no presente momento, há apenas 10,8 milhões de doses da vacina contra a covid-19 em território nacional.

Como a imunização de uma única pessoa é garantida somente após duas doses, são necessários 29,6 milhões de doses nesta etapa.

Os 10,8 milhões de vacinas do país correspondem a 6 milhões de doses distribuídas entre os estados somadas aos 4,8 milhões já produzidos e que aguardam aprovação para uso emergencial por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A quantia imuniza apenas 5,4 milhões de brasileiros, o equivalente a cerca de 2,5% da população do país.

Procurado pelo UOL, o Instituto Butantan afirmou que o acordo com a Sinovac garante a entrega de insumos suficientes para a produção de 46 milhões de doses no total.

Os materiais necessários para a produção da vacina vêm da China e, até a tarde de terça-feira (19), o instituto declarou que ainda não havia previsão de quando seria entregue o próximo lote.

Diretor do Butantan, Dimas Covas disse que a instituição aguarda a liberação de insumos pelo governo chinês há 15 dias. O instituto alegou estar dentro do cronograma de entrega de ao menos 8,7 milhões de doses até o fim de janeiro.

Os acordos de produção da CoronaVac e da AstraZeneca incluem a possibilidade de transferência de tecnologia para o Brasil —ou seja, para que todas as etapas de produção sejam realizadas no país. Isso eliminaria a dependência pelo envio de insumos, atual entrave enfrentado pelas autoridades para ampliar a vacinação.

O epidemiologista e professor da USP (Universidade de São Paulo) Paulo Lotufo disse que, mesmo com a transferência de tecnologia, o processo para a produção 100% em solo brasileiro pode demorar a ocorrer.

Com informações do site UOL

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