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22/06/2020 às 09:35, Atualizado em 22/06/2020 às 11:39

“Camadas mais abastadas da população não contribuem”, diz secretário sobre pandemia em MS

A declaração do secretário aconteceu neste domingo.

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Divulgação

O secretário de Estado de Saúde Geraldo Resende criticou na manhã deste domingo (21) atitudes de pessoas com melhores condições financeiras em Mato Grosso do Sul em relação ao enfrentamento do coronavírus. O pronunciamento foi dado durante live na página oficial do Governo do Estado que ocorre diariamente para falar sobre os casos da doença.

“Aqui em MS a doença está confinada. As mortes que estão acontecendo são em pessoas pobres, população indígena, principalmente população com doenças crônicas, mas pode chegar nas camadas mais abastadas da nossa população. Estas não estão de forma nenhuma dando qualquer contribuição”, disparou.

Durante o pronunciamento foi anunciado que MS conta com 5.327 pessoas infectadas pela doença, destas 2.424 estão em isolamento domiciliar, 2.621 estão sem sintomas e já estão recuperados e 147 estão internados, sendo 94 em hospitais públicos e 58 em hospitais privados. Quatro pacientes internados são procedentes de fora do Estado e um paciente internado é de outro país.O número de óbitos figura em 47.

Sobre o crescimento exponencial de casos no Estado, ele foi enfático ao citar que “grande parcela da população acredita que não vai chegar nos seus familiares”.

Resende comentou a falta de sensibilidade dos cidadãos quanto a doença, visto que não estão aderindo ao isolamento social. Neste apontamento, ele citou capital e interior.

“Hoje pela manhã estamos aqui no Parque dos Poderes. Há uma aglomeração enorme de pessoas no Parque dos Poderes, aso longo da avenida Afonso Pena, isso deve estar acontecendo também nas cidades do interior, em Dourados, Corumbá, Três Lagoas pois infelizmente acreditam que a doença está muito longe, quando ela esta muito perto”, apontou.

O secretário tem criticado a falta de apoio da população no combate ao coronavírus constantemente. Na sexta-feira (19), em Dourados, ele falou disse que o fato da população local continuar a fazer aglomerações, rodas de tereré e festas vai impactar em mais casos e possível colapso do sistema de saúde.

Ainda na live desta manhã ele apontou que “se a população não tiver compaixão, não tiver solidariedade com os outros, nós haveremos de ter dias terríveis em MS, principalmente quando vemos a taxa de leitos clínicos e leitos de UTI aumentando a cada dia que passa”.

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