Especialistas projetam o aumento de 1,8 milhão de casos de dengue durante 2026 no Brasil. O Ministério da Saúde deverá lançar nesta quinta-feira (13), durante a COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), em Belém, no Pará, um plano inédito para adaptação climática dedicado diretamente à saúde. A pasta avalia que eventos climáticos extremos impactam na proliferação de doenças, como o mosquito Aedes aegypti.
O patamar elevado está diretamente ligado ao sexto ano mais quente registrado entre 2024/2025, onde os termômetros não registravam altas temperaturas desde 1961, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Neste ano, o país registrou mais de 1,5 milhões de casos de janeiro até setembro e mais de 1.660 mortes foram registradas, no levantamento apresentado pelo Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde.
Vacina 100% nacional
A vacina contra a dengue, produzida pelo Butantan, deverá ser aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, nos próximos dias. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa na última sexta-feira (7). Ela será o primeiro imunizante 100% nacional e de dose única e deverá contemplar a população de 2 a 59 anos.
Atualmente, a única vacina disponível contra a dengue no Brasil é a Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda. Ela é feita em duas doses com o intervalo de três meses entre elas e está disponível apenas para um grupo restrito de pessoas e em 1,9 mil cidades pelo SUS, nos locais onde existem altas transmissões da doença. A farmacêutica também limitou a distribuição na rede privada.
A vacinação desempenha um papel crucial na criação de uma barreira coletiva contra a propagação do vírus. Para o Dr. Fábio Argenta, diretor médico da Saúde Livre Vacinas, rede especialista em imunização, a conscientização contribui para aliviar o impacto no sistema de saúde, evitando complicações graves e hospitalizações.
Jogo a Jogo
“Com as temperaturas elevadas e a temporada de chuvas se aproximando, este é o momento ideal para buscar a imunização. Proteger-se é um ato de cuidado consigo mesmo e com a coletividade, uma medida que salva-vidas e constrói um futuro mais saudável para todos”, complementa o médico.
Com informações do Portal IG








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