O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) deu o prazo de dez dias para a vereadora Isa Jane Marcondes (Republicanos), popularmente conhecida como “cavala”, prestar esclarecimentos acerca de suas fiscalizações em unidades de saúde.
Uma das primeiras denúncias encaminhadas ocorreu no dia 19 de dezembro de 2024 pela Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Fundsaud).
O então diretor-presidente da Fundsaud, Jairo José de Lima, ingressou, na 16ª Promotoria de Justiça de Dourados/MS, um pedido de providências e medidas contra acusações de Isa Marcondes que classificou como “infundadas”.
No documento, Jairo afirma que estava tomando providências com relação à segurança nos estabelecimentos de saúde e prestando apoio à equipe médica de UPAS e do Hospital da Vida.
Uma servidora, que é médica do hospital, chegou a relatar o uso que Isa Marcondes fez de suas redes sociais, o que acabou gerando insegurança para a equipe médica por parte da população.
“Estava utilizando suas redes sociais para fazer acusações infundadas contra os médicos da nossa unidade, o que tem causado sérios danos à nossa reputação e gerado um ambiente de hostilidade por parte da população”.
A 16ª Promotoria de Justiça encaminhou as denúncias para o MPE, entretanto, ligadas ao período em que Isa Marcondes já havia sido diplomada vereadora, em janeiro de 2025.
Isso ocorreu porque a promotoria que responde por questões cíveis e sociais não tinha atribuição para tratar do caso, já que, mesmo eleita, naquele período a atuação foi apontada como particular ou de uma cidadã comum.
Andamento do caso
Já empossada como vereadora, no dia 13 de fevereiro, ocorreu uma discussão no Ministério Público Estadual de Dourados, na presença do Promotor de Justiça Amílcar Araújo Carneiro Júnior, assim como do advogado representante do Departamento Jurídico da Associação Médica, Roaldo Pereira Espíndola, do diretor do Hospital da Vida e do Presidente da Associação Médica.
Nessa reunião, o tema abordado foi as consequências das fiscalizações da vereadora no Hospital da Vida e a divulgação de materiais nas redes sociais.
"A veiculação de notícias supostamente inverídicas nas redes sociais, o que está ocasionando insatisfação entre os médicos, que estão considerando finalizar/suspender sua prestação de serviço na área pública", diz o documento, que prossegue:
“Os médicos presentes pontuaram a possibilidade de afastamento de médicos da prestação do serviço público no Hospital da Vida. Reiteraram que as condutas dos médicos estão partindo do receio da continuidade da incitação ao ódio e das informações inverídicas divulgadas pela vereadora Isa Jane Marcondes em suas redes sociais”.
Com informações do Correio do Estado
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